Fórum dos Presas de Prata

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    Mensagem por Terror Espiral Sáb 27 Set 2014 - 2:36

    Nome: John Locke (Terror Espiral)
    Raça: Hominídeo
    Augúrio: Ahroun
    Casa/Campo: Presas de Garm
    Tribo: Cria de Fenris
    Natureza: Samaritano
    Comportamento: Alfa
    Matilha: Líder de Seita
    Totem: Fenris



    Características:

    Idade: 69 (aparente: 50 anos)
    Nacionalidade: Americano
    Cabelos: Careca
    Raça: Caucasiano
    Olhos: Azuis
    Sexo: Masculino



    .......................Altura:........................................... Peso:
    Hominídeo:.......1,80m........................................... 85kg
    Glabro:.............2,00m.......................................... .120kg
    Crinos:.............3,20m........................................... 350kg
    Hispo:..............2,00m.......................................... 100kg
    Lupus:..............1,60m.......................................... 60kg


    Atributos Físicos

    Força: 6
    Destreza: 2
    Vigor: 5


    Em Glabro:

    Força: (+2): 8
    Destreza: 2
    Vigor: (+2): 7

    Em Crinos:

    Força: (+4): 10
    Destreza: (+1): 3
    Vigor: (+3): 8

    Em Hispo:

    Força: (+3): 9
    Destreza: (+2): 4
    Vigor: (+3): 8

    Em Lupus

    Força: (+1): 7
    Destreza: (+2): 4
    Vigor: (+2): 7

    Atributos Sociais

    Carisma: 2
    Manipulação: 2
    Aparência: 1


    Atributos Mentais

    Percepção: 3
    Inteligência: 4
    Raciocínio: 4

    Habilidades - Talentos

    Prontidão: 2
    Esportes: 5
    Briga: 5
    Esquiva: 6
    Empatia:
    Expressão:
    Intimidação: 5
    Instinto Primitivo: 5
    Manha: 2
    Lábia: 4

    Habilidades - Perícias

    Empatia com Animais: 2
    Direção: 4
    Etiqueta:
    Armas de Fogo: 3
    Liderança: 5
    Armas Brancas: 5
    Performance:
    Reparos:
    Furtividade: 3
    Sobrevivência: 5

    Habilidades - Conhecimentos

    Computador:
    Enigmas: 3
    Investigação: 4
    Direito:
    Linguística: 2(Português e Chinês)
    Medicina: 4
    Ocultismo: 2
    Política: 2
    Rituais: 2
    Ciência: 2

    Outras Habilidade


    Duelo de Klaives: 5
    Conhecimento da Umbra: 4

    Antecedentes

    Raça Pura: 5
    Vidas Passadas: 5
    Destino:
    Rituais: 3
    Fetiche: 5
    Totem: 6
    Aliados:
    Contatos:
    Recursos: 2
    Influência:
    Parentes:


    Dons de Cliath

    Persuasão
    Toque de Queda
    Resistência a Dor
    Comunicação com Espíritos (Dom Theurge)
    Sentidos Aguçados (Dom Lupino)


    Dons de Fostern

    Espírito da Batalha
    Medo Verdadeiro
    Fitar
    Rugido do Predador
    Senso do Sobrenatural (Dom Lupino)


    Dons de Adren

    Poder de Thor
    Cura em Combate
    Gloriosa Força
    Estilhaçamento de Ossos
    Inquietação
    Sangue Venenoso


    Dons de Athro

    Canção do Selvagem
    Poder das Armas
    Espírito de Prata
    Casulo
    Defesa Contra Espíritos
    Atiçando a Fornalha da Fúria
    União com a Terra


    Dons de Ancião

    Horda de Valhalla
    Mordida de Fenris
    Avatar da Fúria
    Golpe do Campeão
    Força Total
    Assimilação
    Beijo de Hélios
    Vontade Inabalável


    Rituais de nível 1
    Ritual de Purificação
    Ritual de Assembleia
    Ritual de Abertura de Caern
    Cerimônia pelos falecidos
    Batismo de fogo
    Ritual da Pedra Caçadora


    Rituais de nível 2
    Despertar Espíritos
    Conjuração
    Ritual de Ostracismo
    Ritual de Conquista
    Ritual de Passagem



    Rituais de nível 3


    Rituais de nível 4


    Rituais de nível 5


    Cicatrizes de Batalha: Várias cicatrizes por todo o corpo, sendo que duas chama a atenção, uma em sua face, do lado esquerdo, o olho é cortado de cima abaixo, o que dificulta sua visão com o olho esquerdo.. E outra nas costas, uma grande cicatriz que ocupa quase toda a região lombar.

    =>





    Qualidade:

    Aliado Ancestral +1 (Pai Morte Espiral)
    Temperamento Calmo +3
    Temerário +3
    Sorte +3
    Defeitos:
    Deficiência Visual -2



    Fetiche: Grã Klaive

    Nível : 5 Gnose: 7

    [Descrição do Ítem: Estas poderosas armas brancas são as klaives dos heróis lendários. Do tamanho de espadas, essas armas de prata provocam um dano imenso. O lobisomem que porta uma grã-klaive perde dois pontos de gnose de seu nível efetivo de Gnose. Geralmente, um espírito da guerra é aprisionado no interior de uma grã-klaive, permitindo que inflija dano agravado, em adversários não-Garou. A grã-klaive sem o espírito não é um fetiche, e sim apenas uma arma de prata.

    As grã-klaives são muito raras e geralmente estão ligadas a linhagens específicas de Garou, principalmente entre os Presas de Prata, os Fianna e os Senhores das Sombras. Além do usual espírito da guerra, um segundo espírito - por exemplo, um espírito do fogo que acrescenta dados de absorsão contra o fogo quando a klaive for ativada, ou um espírito ancestral que pode fornecer pontos adicionais numa habilidade como Ocultismo ou Sobrevivência - às vezes é aprisionado no interior da grã-klaive. O espírito secundário raramente se importa com o fato de dividir o fetiche com outro espírito, pois essas armas são o auge da Honra.
    A dificuldade para atacar com uma grã-klaive é igual a 7 e a arma provoca Força + 4 de dano. Por ser uma arma de prata, os Garou não são capazes de absorver esse dano exceto em sua forma racial.
    Os lobisomens, principalmente os jovens, que possuirem uma grã-klaive atraem a atenção de espíritos poderosos e de outros Garou. Os anciões geralmente questionam a audácia do jovem que ousa portar uma arma tão sagrada, enquanto seus iguais cobiça-lhe o poder e a atenção]

    Fonte: Lobisomem o Apocalipse - Segunda Edição


    Fetiche: Pele de Espírito

    Nível: 3

    Gnose: 7

    [Descrição: A Pele de Espírito é um dos fetiches mais repugnantes que os Garou conhecem, e de fato os Crias de Fenris orgulhosamente se gaba de “possuir” o fetiche puramente por serem os únicos emocionalmente fortes o suficiente para fazê-lo. (Rumores dizem que existem algumas versões Uktena deste fetiche por aí; os Uktena não são o tipo que ignora uma boa ideia só porque ela é “repulsiva”.) Criar uma Pele de Espírito é uma experiência cruciante — o recipiente usado é a pele do próprio Garou, delicadamente arrancada do corpo e então tratada adequadamente como couro. Devido à regeneração Garou, este não é um procedimento que traz risco à vida, mas a ideia de se esfolar ainda é uma que deixa muitos dos melhores de Gaia tremendo. Apenas aqueles com uma Força de Vontade 6 ou maior podem sequer tentar fazer uma Pele de Espírito. Depois que o couro foi conseguido, ele é costurado em roupas de qualquer tipo que cubra a maior parte do corpo. (Casacos e mantos são os mais populares). Um espírito de osso é então preso nas vestes. Após completo, o fetiche forma uma segunda pele espiritual que os inimigos têm que perfuram além da pele normal do Garou. Quando ativado, o fetiche duplica a parada de dados de absorção do Garou contra ataques feitos por espíritos. Uma Pele de Espírito não funciona para ninguém além do seu criador.]

    Fonte: Martelo e Klaive pag: 86


    Fetiche: Cetro do Líder da Seita

    Nivel: 7

    Gnose: 7

    [Descrição do item: Um poderoso Fetiche que foi criado por um dos grandes líderes do Caern do Loo Fenris a mais de 200 anos, poderosa arma para concentrar Fúria do Caern para protegê-lo, pode criar uma área de proteção envolta do Coração do Caern por 7 dias, evitando que qualquer coisa que tenha Fúria possa transpassar, apenas os protegidos dentro da proteção estão a salvo, quem tentar passar sendo amigo ou inimigo não conseguirá devido a Fúria que há em seus corpos. O Segundo poder do Cetro é dar + 4 em Liderança, mesmo passando de 5 para o líder da seita que o possuir, nenhuma ordem pode ser questionada quando usado esse poder, desde que a Ordem não vá contra a Litania, Gaia ou contra a vida do garou que receber a ordem, sendo qualquer outra este terá que obdecer imediatamente, ou perderá 1 ponto de Força de Vontade por turno até comprir a ordem, caso ainda resista ao fim de perder os pontos temporários perderá um ponto de Força de Vontade Permanente por Turno, até ficar sem vontade e morrer. Mas o alvo antes de resistir deve fazer um teste de Força de Vontade dificuldade 7 e ter dois sucessos. Caso tenha falhado seguirá a ordem, caso passe, seguirá as depreciações como descrito.]


    Posto: 5 (Ancião)


    Fúria: 10

    Temporários: 5

    Gnose: 8

    Temporários: 6

    Força de Vontade: 10

    Temporários: 10

    Renome:

    Glória: 10

    Temporários: 01

    Honra: 9

    Temporários: 01

    Sabedoria: 5

    Temporários: 02



    Duelo de KLAIVES


    1- Desarme: O lutador tenta forçar seu oponente a largar a sua arma torcendo-lhe a mão ou tentando derrubá-la. O atacante faz um teste resistido contra a força do alvo (dif 6). Se o atacante vencer, a arma do alvo é lançada a 1metro para cada sucesso liquido do atacante. Caso contrário, o alvo não perde a sua arma.

    Teste: Força + Duelo de Klaives Dif: 6
    Dano: Nenhum Ações: 1

    2- Grande ataque: O lutador coloca toda sua força em um poderoso balanço com a esperança de ferir gravemente seu oponente. Mas no processo abre a guarda. A dificuldade de qq outra ação no turno é aumentada em 3 pontos.

    Teste: Destreza + Duelo de Klaives Dif: 6 (7)
    Dano: Força +6 (+Cool Ações:1

    3- Golpe rápido: Este veloz golpe serve para testar as defesas do oponente;

    Teste: Destreza + Duelo de Klaives Dif: 6
    Dano: Força +2 Ações:1

    4- Parede de Prata: O lutador balança sua arma em padrões defensivos diante de si. Para cada sucesso obtido o lutador pode adicionar um dado para cada manobra de aparar que ele realizar no mesmo turno que essa manobra. O lutador só pode tentar aparar durante o turno em que ele cria a parede de prata.

    Teste: Dex + Duelo de Klaives
    Dif: 7 Dano: Nenhum Ações: 1

    5- Punhalada: Um ataque normal.
    Teste: Dex + DK. Difi: 6
    Dano: Força +4. Ações: 1.
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    Terror Espiral - NPC Empty Re: Terror Espiral - NPC

    Mensagem por Terror Espiral Sáb 27 Set 2014 - 2:36

    Terror Espiral – Prelúdio


    Antes das Transformações

    Nasci no Novo México. Meu pai, James Locke e minha Mãe Susan Locke. Meu pai trabalhava no ramo do petróleo, um grande empreiteiro da Região, um homem realmente muito rico.
    Desde muito criança todos sabiam que existia algo de diferente em mim. Meus pais, espíritas, diziam que eu via espíritos, que tinha uma ligação natural com eles. Bem, mais tarde isto veio se comprovar.
    Estudei em boas escolas, na verdade nas melhores, tinha tudo o que queria. Adorava Química, Física, Biologia, sempre fui o melhor aluno de minha turma. Enfim, tive uma educação muito refinada.
    Mas algo faltava em minha vida. Era um garoto sonhador. Viva tendo sonho com lobos, animais, selvas.
    Talvez por ser uma criança inteligente demais, acabava sendo mal compreendida por meus colegas de escola, meu comportamento tornou-se violento, muito violento. Brigava quase todos os dias na escola.
    Eu tinha então 10 anos. Foi quando descobriram alguns poços de petróleo ao norte da Índia, próximo a Região da Cachemira. Meu pai comprou o direito de exploração, e tivemos que ir para Índia, passar um tempo por lá até o término da construção dos Extratores, tempo que levaria um ano, um ano e meio.
    A cultura de lá era realmente estranha, a língua, a comida, tudo muito diferente, tudo muito novo, tudo muito estranho. Não entendia nada do que falavam, achava o povo um tanto quanto feio, não tinha vontade de sair da mansão de meu pai.
    Nessa época meus sonhos e minhas visões haviam parado. Há muito tempo não via os lobos, as selvas e tudo o mais.
    Mas o destino é incompreensível, e ele existe, com certeza o destino existe. Um dia, no segundo mês de estadia na índia, tive um sonho. No sonho eu estava montado em um grande lobo que me levava até um templo, o templo de Vshinu, deusa dos heróis, deusa da morte, para os indianos. E um senhor de muita idade, falava algumas palavras as quais não entendia bulhufas.
    O engraçado é que o senhor, de Indiano não tinha nada, era realmente estranho o sonho.
    Algumas semanas se passaram e todas as noites o mesmo sonho. Numa manhã, normal como todas as outras, acompanhado de meus criados, fui até um mercado popular da cidade, e lá, caminhando pelas ruas vi o mesmo senhor de meus sonhos.
    O senhor me olhava e sorria. Apontava as mãos para mim, e sorria. Me parecia que apenas eu o via. Andei em sua direção. Meus criados nada entenderam. Apenas me viram dando a mão ao vento. Mas eu via o senhor. Caminhamos em direção a um antigo templo, eu e o senhor apenas, de alguma forma meus criados não me seguiram.
    O Templo era muito maior do que parecia por fora. Vários homens orando a grande deusa Vshinu e eu lá, sem entender praticamente nada.
    Após alguns minutos ao lado do senhor, sem nada falar, o velho simplesmente sumiu. Um homem, careca, dirigiu-se até mim. Ajoelhou-se e sorriu.
    “Finalmente você chegou, John Locke”. Ele chorou. Eu chorei.
    O Homem, chamava-se Vikku Vinayakram, tradução Espírito do Oriente. Um devoto fervoroso de Vshinu, a deusa dos Heróis e da Destruição.
    Vikku era um dos grandes mestres das artes marciais ensinadas por Vishinu, o Kung Fu, arte que posteriormente foi levada a China, mas que nasceu na Índia.
    Olhei meu relógio, já era tarde. Tive de voltar para casa.
    “Prometo que volto – eu disse”.
    “Eu irei até você, não se preocupe – respondeu Vikku.”
    Dias passaram-se. Um ano e meio passou-se. Voltamos para a américa. Eu tinha então 12 anos.
    Um ano e meio você pode pensar, e o homem voltou. Até então, não.
    Chegamos a América, nos reestabelecemos. Logo no segundo dia de nosso retorno, um velho mendigo bate a nossa porta. Vejo pela janela a distância. O Mendigo era Vikku. Incrível, realmente incrível.
    Fui até ele, ele disse que se estabeleceria na cidade, e a partir daquele momento começaria meu treinamento.
    Dividia meu tempo entre a escola e o treinamento no Kung Fu. Treinava escondido. Vikku me ensinava toda a essência das artes marciais, com ela aprendi a arte da alma limpa, do manter-se calmo mesmo em situações muito desesperadoras.
    Meus “amigos” de escola ainda me achavam muito estranho, me provocavam, me batiam. No começo eu revidava. Mas logo entendi que o que os garotos faziam era completamente inútil, pois o corpo físico é apenas um meio de chegarmos a um objetivo espiritual, e que quando morressem suas almas seriam julgadas. Eram apenas garotos inocentes, que não compreendiam o diferente.
    Os treinamentos prosseguiram. Tai Chi Shuan, Esgrima, arquearia. Foram quatro anos de treinamento muito intenso.

    A primeira transformação

    Foram quatro anos de árduo treinamento, dividindo meu tempo entre escola e treinos, aula e treinos. Sempre centrado em meus objetivos. Sempre pronto para me mostrar um bom filho a meus pais.
    Sempre seguindo todas as regras impostas, um bom filho, um bom rapaz. Calmo. Sempre calmo. Talvez tenha sido por ser calmo em demasia que permiti que tudo ocorresse.
    Vikku, já estava muito velho, muito velho mesmo. E após os quatro anos, quando disse que eu estava pronto para o mundo, e para a verdade que eu desconhecia, ele morreu. Senti muito por sua morte, ele fora um grande mestre, um homem de grande valor.
    Com 16 anos, já era uma excelente lutador de Kung Fu, e a partir daquele momento deveria me virar sozinho. Conhecer novas artes, novas terra.
    Mas então veio a fatalidade. Meu Pai como já disse era um homem muito rico. Dono de muitos poços de petróleo por todo o mundo, os soviéticos, inimigos número um de todos os EUA naquela época e principalmente dos grandes monopólios Norte-Americanos, mandaram alguns membros da KGB para matar meus pais.
    De madrugada eles invadiram minha casa. Mataram os seguranças, fui o primeiro a acordar com o barulho. Eles já estavam no quarto de meus pais. Como sempre mantive a calma, analizei a situação. Não deu tempo. Dois tiros ecoaram pela mansão. O sangue escorreu pelo saguão. Meu pai e minha mãe foram cruelmente assassinados, a sangue frio. Depois de muito tempo, muitos anos, não pude conter minha raiva, e gritei, gritei e chorei.
    Acordei no outro dia achando que tudo era um sonho. Mas não era. Minha casa estava destruída. Marcas de garras e pegadas de lobos por todos os lados. Tudo destruído. Alguns corpos ao chão, em frente ao quarto de meus pais. Os agentes da KGB! Como foram mortos? Não me lembrava de nada. Chamei a polícia. Em pouco tempo ela chegou. Levou os corpos. Os advogados vieram logo no mesmo dia, com os papéis da herança. Assinei uma pilha deles. Notei então que minhas unhas estavam sujas de sangue. Como podia aquilo? Não me lembrava de ter me machucado em nenhum momento. Há muito tempo não me machucava! Um dia depois o enterro de meus pais. Amigos desconhecidos. Homens que nunca vi antes. Pareciam realmente os homens de preto.
    O Enterro passou. Um destes homens veio até mim. Entregou um cartão “Edwin Van Der Sart”. Finlandês. Afinal, o que meu pai tinha na Finlândia?

    Revelações

    “Olá, John. Sou Edwin Van Der Sart, tenho algo de importante para te revelar! Nos acompanhe por favor.”
    “Acompanhar? Meus pais morreram nesta noite! Acha que preciso de revelações? Quero descansar! Pensar e rever minha vida!”
    Ele me agarra pelo colarinho, é um homem alto. Maior do que o normal.
    “Rapaz, não é um pedido. É uma ordem! Você tem um serviço a cumprir! Uma missão para a mãe!”
    “Mãe? Por acaso você não é um deste wiccanos em busca de meu dinheiro, não é?”
    Agarro o braço dele, e em um golpe de Kung Fu desloco seu ombro do lugar. O homem nem se meche. Não expressa nenhum tipo de dor.
    “Rapaz, não me faça perder a paciência! Esta porra que chama de Kung Fu não é nem metade de seu treinamento. Venha, precisamos conversar! Você precisa entrar em contato mais um vez com ele!”
    “Ele?”
    “Sim o homem-lobo de seus sonhos. Agora venha!”
    Um soco em meu queixo. Apago.
    Acordo em um bosque. Com certeza este tipo de floresta não existe no Novo México. Estou sozinho. A Lua está cheia! É possível enchergar bem. Há muita neve ao redor. Pegadas de lobos por todos os lador. Sozinho, desprotegido, com frio, cercado por lobos... era tudo o que eu queria depois do assassinato de meu pai e minha mãe.
    Ouço a meu lado um uivo. Vejo um Grande Lobo, o lobo de meus sonhos.
    Ele vem em minha direção, esfrega-se em minhas mãos em sentido de carinho. Tenho medo. Mas aceito o afago.
    “Meu filho! Meu nobre filho! Retornaste a pátria”
    “Ahn?”
    Penso: ‘O lobo falou comigo?’
    “Sim falei meu filho! Agora é hora de revelar-me a ti.”
    O lobo transforma-se no homem velho, porém robusto e muito forte de meus sonhos, um Viking.
    “Sou Sven Svenson, o Morte Espiral, e você ó Terror Espiral, no passado foste meu filho! Há muitos anos, foste meu filho! Seu espírito é nobre rapaz!”
    “Eu? Seu filho?”
    “Lembre-se meu filho, lembre-se.”
    Ele toca minha testa e lembranças são trazidas a tona.


    Danemark – 950 d.C

    Cerco de Hedeby. Cerca de Cinco dias caminhando, sem comida, sem água. Os homens de meu pai já estão fracos. Mas somos Crias de Fenris, somos homens de verdade, somos os Berserks. Hedeby vai cair! Cidade maldita. Cidade perversa. Cidade de Mortos-Vivos e Espirais Negras.
    Não somos mais do que 50 Crias. Todos já bem experientes, sou o mais novo, o menor, porém sou respeitado. Por quê?
    O Ataque começa, assumo minha forma crinos. Tenho em minhas mãos uma Grã Klaive, meu pai também tem uma. Três, quatro espirais negras me atacam, derroto a todos.
    Muitos dos meus morrem em combate, mas vencemos a batalha.
    “Meu filho, sua coragem é inatingível, não é nem tão forte quanto os outros, nem tão vigoroso, mas sua coragem é extrema, não tens medo de nada, és calmo como um Lobo em Caça, perspicaz como uma raposa, forte como um nosso grande pai, és um escolhido de Gaia! Seu nome é Terror Espiral. E sua alma é eterna.”
    Lembranças de diversas vidas vêm em minha mente, vidas como um lobo, vidas como um homem das neves, vida como um viking. Guerras, cruzadas, revoluções. Sempre estive ali. Sempre protegendo os mais fracos, sempre no campo dos Presas de Garm. Com a missão de proteger os fracos, os indefesos e lutar até a morte. Os mais inteligentes crias pertencem a tal campo. Não são tão fortes quanto os membros da Mão de Tyr, mas são mais inteligentes e sabem canalizar de maneira correta a sua força.
    Acordo de um sonho. Estou em uma limosine. Edwin Van Der Sart a dirige. Ainda estamos no Novo México.
    “Vê rapaz, tudo o que sonhou, tudo o que viu, todas as suas vidas, tudo aquilo existiu. É um escolhido de Gaia, um Garou, um guerreiro sem igual, um Temerário. És um Cria de Fenris, Terror Espiral, filho de Morte Espiral, seu guia e protetor. Ele o levou até Vikku. Vikku é um parente distante.”
    “O sonho foi muito real, mas essas histórias são contos de fadas!”
    Ele freia o carro bruscamente.
    “Contos de Fadas? Venha me acompanhe.”
    Descemos do carro. Ele me leva até um local descampado, distante de tudo e de todos.
    “Se fosse um conto de fadas, ou um conto de horrores isto ocorreria?”
    Ele fecha os olhos, dá um enorme uivo. Suas roupas começam a se rasgar, seu corpo cresce, pelos nascem, enfim, ele assume uma forma horripilante, fala através de grunhidos.
    “Isso mesmo rapaz. Sou um Lobisomem. E você também é! Mas assim como você sou um guerreiro. Um Mão de Tyr, não tenho tempo nem paciência a perder contigo. Vou te levar a um Theurge e ele te ensinará o que deves aprender. Você tem muito dinheiro no banco, nossos advogados já acertaram sua herança, não se preocupe. Agora você vai para a Finlândia, onde passará por dois anos de aprendizado.

    Aprendizado

    Van Der Sart me leva até a Finlândia. Até um dos últimos redutos de Pinheirais da região, uma área de pradarias e tundras.
    Caminhamos até o centro de um local que ele estranhamente chama de Caern. Posso ver muitos lobos em todas as direções, todos me olham e “sorriem”. Uivos de comemoração.
    Um lobo velho, sem uma das patas caminha em minha direção.
    “Terror Espiral, filho de morte Espiral! Há mais de Duzentos anos não nos vemos! Sou seu novo mestre agora! Sou Neve Prateada. Theurge, ancião. Sei que não entendeu nada ainda. Mas com o tempo vou te explicar. Antes de tudo, precisa aprender a se transformar.”
    Bem. Este talvez seja o período mais chato da vida de um Garou. O Aprendizado. Neve Prateada me ensinou tudo o que tinha que aprender. Histórias antigas, os dons mais importantes para um jovem Cria de Fenris Ahroun do Campo dos Presas de Garm sobreviver, me ensina a missão dos Crias de Fenris no passado, e a missão dos crias de Fenris nos dias de Hoje.
    Mas princiapalmente me ensina como manter contato com meu primeiro pai, o Morte Espiral. Sim, sou acompanhado pelo grande herói do passado, Morte Espiral, grande guerreiro de Fenris.
    Foram dois anos de muito aprendizado. Chegávamos aos meus 18 anos, o ano 1964. Ano de Início da Guerra do Vietnã, e este é um capítulo a parte de minha história.

    A Guerra do Vietnã

    1964 o ano que eu gostaria de esquecer. Acabei meus treinamentos e voltei a América. Tinha um dever a cumprir. Alistei-me no exército. Malditos comunistas, mataram meus pais, queria vingança.
    Sabe, muitos crias de fenris estão no exército, com a intenção de impedir que a Pentex e os Espirais Negras se infiltrem até no exército. Mas é muito difícil. Principalmente nos dias de hoje. E o maior problema é que eles sabem quem são os Garous infiltrados... e nós não sabemos quem são eles.
    Bem, o Caern de Nova York, cidade onde estava quartelado, me notificou que estaríamos eu e mais três garous no Terceiro Exército. Os achei. Um Filho de Gaia, médico, dois Roedores de Ossos Soldados, e eu. Acabei sendo promovido a Sargento, devido a meu bom desempenho em todos os quisitos.
    Em 1966 fomos enviados a Guerra. Eu tinha 10 homens no meu comando. Entre eles os 3 garous. Meus companheiros.
    Chegamos a base no Vietnã. Até então as coisas estavam bem tranqüilas, nenhum conflito muito aberto. Ao menos até um dos roedores de ossos fumar tanta maconha e deixar escapar alguns uivos, onde contava sua história. Foi o fim para nós quatro. Os espirais negras nos descobriram, eu e meu grupo fomos enviados para uma missão suicida. Invair um QG vietkong localizado na copa das árvores. Éramos 10, contra cerca de 50 vietnamitas. Sim certo, éramos 4 garous, mas ainda assim estávamos em grande desvantagem.
    O terreno era desconhecido, meus subordinados tinham muito medo do que podia vir a acontecer, e bem eu, eu era um garoto de 20 anos, com pouco conhecimento sobre a guerra em si.
    Chegamos ao local indicado. Uma emboscada. Não era um terreno Vietkong! Era uma armadilha. Os espirais negras nos enviaram para um terreno Bastet, um terreno Khan.
    Não tinha o que fazer! Tinha que proteger meus soldados! Se demonstrasse medo perderia o respeito. Dez Grandes tigres nos cercaram. Em pouco tempo os humanos morreram. Não tinha o que fazer! Restamos eu, o filho de gaia e os roedores. Rezei por meu Pai e Protetor. Relembrei dos momentos em minhas vidas passadas quando eu demonstrei muita coragem perante a um inimigo feroz. Lembrei dos 300 de Esparta! Aceitei a difícil missão! Assumi minha forma crinos, peguei meu fuzil, e fui para a guerra! Usei as técnicas de Kung Fu, consegui esquivar dos ataques Khan. Minha coragem inspirou meus companheiros, que também atacaram! Segurei dois Kahns ao mesmo tempo, fiquei muito ferido. Mas foi o tempo necessário para que meus subordinados conseguissem fugir sem morrer. Eu tinha certeza que morreria. Mas Fenrir sempre zela pelos corajosos, e de alguma forma os Kahns pensaram que morri e fugiram.
    Foram noites afim de sonhos com mortes, mortes horríveis, mortes e mais mortes.
    Adormeci. Acordei, cercado de Neve.
    “Aonde estou?”
    “China!”
    Um lobo a meu lado sorria a meu lado.

    Minha vida na China

    “Terror Espiral, suas histórias passadas são famosas! As suas atuais serão famosas! Foste muito corajoso no Vietnã, salvaste a vida de 3 garous mais fracos! Está de Parabéns! Muita Honra, Glória e Sabedoria Permeiam a sua vida.”
    Levanto-me. A Manhã está nublada. Descubro que estou em algum lugar próximo ao rio Amarelo Yang Tse. Em uma vasta planície de plantações de arroz e bambuzais. Um caern de Portadores da Luz Interior. Passo pela minha primeira assembléia, onde me apresento, apresento meus motivos, e começo minha vida realmente como um garou de Renome.
    Os Portadores da Luz são realmente uma tribo bem diferente, costumes diferentes, são sábios, introspectivos, e têm um estilo de luta bem diferente. Eles o Chamam de Kailindô. Mas ezitam em me ensinar.
    Não faço muita questão de aprender também, mas realmente é uma arte bem interessante, muito próxima ao Kung Fu, porém bem mais poderosa.
    A Pentex ainda não chegara a China. Era um país basicamente agrário, mas um surto de industrialização estava por vir.
    Um grupo de Mega Empresários, estavam na China para investirem no novo “tigre asiático” na região do rio amarelo, local onde existia muitos minérios, principalmente ferro e bauxita.
    Um grupo subsidiário a Pentex. É incrível como em tão pouco tempo no século XX a Wyrm simplesmente dominou o mundo.
    Eu não fiquei muito tempo no Caern. Mas sabia que teria que voltar para lá. Ajudar meus amigos Portadores da Luz.
    Uma ponte de Luna foi aberta, e eu voltei para a América.

    Novamente na América

    Retorno a América, já é 1968. Estou então com 22 anos. Fui para Detroit. A cidade nos Estados Unidos que talvez mais precisasse na época de proteção. Muitos inocentes morriam na poluição dos gases tóxicos das fábricas de carros, as indústrias químicas destruíram todas as matas. Nem insetos existiam por ali.
    Os poucos Garous que estavam por ali eram Roedores de Ossos corrompidos, mais preocupados em sobreviver do que em lutar pela mãe. Mas não os julgo, o século XX foi difícil, poucos foram os corajosos que se opuseram a Wyrm.
    Lá conheci Mirian, uma Fúria Negra, a mais bela delas! Ela tinha a mesma idade que eu, 22 anos, era nascida no Canadá, e fora para Detroit em busca de aventuras. Uma Galliard muito inteligente, competente, com um espírito de equipe gigantesco.
    Eu e ela formamos uma dupla tal qual Bony e Clayd, tivemos um lance sim, uma química, por Gaia, hoje posso admitir isso, e dar graças a boa mãe que deste lance nada nasceu, quer dizer, não sei se foi sorte.
    O que aconteceu foi que resolvemos que devíamos por um fim na influência da Pentex na cidade. No exército eu tinha aprendido a fazer explosivos caseiros. Compramos muitos galões de gasolina, suco de laranja e vualá Napalm! Íamos atacar a sede da Pentex na Região! Uma fábrica da Ford Motors, que servia de fachada para os planos mirabolantes dos espirais negras.
    Nos preparamos, nos armamos e lá fomos! Droga. Estávamos sendo observados, durante todo o tempo, sempre observado. Me faltou inteligência, não me informei com meu pai espiritual, talvez o calor de Mirian tenha feito com que esquecesse-me de meus ensinamentos.
    Fomos pegos. Cinco carros de polícia nos cercaram!
    “Mão na cabeça! Ceis tão preso!”
    Mas não nos levaram para delegacia. Nos levaram para Umbra! Um caern espiral. A coisa mais horrível que se pode ver! Almas sofrendo, almas sendo consumidas.
    “Vocês têm uma chance, dancem a espiral e se entreguem a nós, ou morram!”
    Nunca aceitaria tal proposta! Preferia morrer a ter que trair meus princípio meus ensinamentos! Mirian traiu. Não podia acreditar! Ela traiu seus preceitos por sua vida... creio que ele devia ter um bom motivo!
    Como consegui fugir você me pergunta? Ver Mirian se entregando de tal forma me fez entrar em frenesi, meu velho pai veio me ajudar, afinal ele era um grande companheiro espiritual. Veio com sua Gran Klaive, me liberou. Em meu frenesi tenho certeza que matei ao menos 4 espirais negras. De Mirian não tive mais notícias.
    Meu pai me levou para algum local da Umbra Profunda.
    “Pegue este mapa filho. Ele indica onde está sua Gran Klaive do Passado. Com ela poderá ser um verdadeiro Guerreiro. Um verdadeiro Líder. A Encontre, e torne-se novamente o Terror Espiral, ou morra tentando.”
    Acordei em algum local da rota 66.

    A Gran Klaive

    Um mapa, uma gran klaive. Onde encontra-la? Será que um Garou jovem, um Fostern como eu era na época seria digno de uma Gran Klaive? Bem ela era de família. Creio que seria muito digno de usa-la.
    O Mapa indicava algum local da Dinamarca, terra de meus antepassados, os Vikings. Foi pra lá que fui.
    Pras ruínas de Hadeby.
    Um grande castelo Viking aos pés do monte Hadeby, antiga capital viking, o mapa indicava aquele local. Entrei no castelo. Apesar de muito antigo ainda tinha mobília e estatuetas de bronze, com mais de 1000 anos com certeza.
    Uma porta levava até o subsolo do castelo. Desenhos Garous enfeitavam as paredes. O desenho de um enterro, pessoas tristes, garous uivando tristemente.
    Desce um grande lance de escadarias e chega a um túmulo. Em Runas Nórdicas é possível ler-se: “Terror Espiral”.
    “Então este é meu túmulo. Aqui está minha maior arma.”
    Abro o túmulo. Ele tem mais um enorme lance de escadarias. Desço-a despreocupado. Não há armadilhas. Um esqueleto sobre uma mesa de mármore com uma espada de prata está posto deitado sobre a mesa.
    “Este sou eu. Esta é minha arma.”
    Pego a espada. Até então nada de diferente. No início sinto uma dor insuportável. É a prata e os espíritos da dor que me corroem por dentro. Alguns minutos de agonia. Penso que vou morrer. O Fetiche está ativo.
    Subo até o primeiro andar. Um cheiro de podridão permeia no ar. Mais um desafio? Minha arma não será roubada de mim!
    Ponho-me em posição de combate. Lembro-me das técnicas de esgrimas ensinadas por Vikku.
    O Cheiro torna-se cada vez mais forte, é Wyrm pura, é podridão pura!
    “Então quer dizer que era aqui que vocês escondiam a Gran Klaive?”
    Um homem, com seus 50 anos de idade, vestindo um terno azul marinho sai das sombras, ele é maior e parece bem mais forte que eu.
    “Se preza sua vida, é melhor dar-me o Fetiche, AGORA!”
    Não me mecho e não respondo. Uma gota de suor desce por minha testa. Pela primeira vez em muito tempo sinto medo.
    “Bem deixe-me apresentar. Sou Morfeu, mas não pense que sou um espiral negra, não não sou.”
    Sua pele definha. Seu cheiro é podre. Nunca vi tal ser antes.
    “Vejo que está surpreso Guri. Sou um Fomori. Este fetiche muito interessa a Wyrm. Você também já interessou, mas se mostrou descontente com nossos métodos. É melhor entregar a Grande Adaga, você nem sabe como usa-la direito. Seria um disperdício.”
    O pouco que sei sobre os Fomoris foi o que meu antigo mestre me disse
    “Eles são letais.”
    É melhor eu atacar primeiro. Em um golpe de fúria entro em minha forma crinos, e ataco o Fomori. Com apenas uma mão ele apara o golpe e me acerta um soco no Abdomem. Realmente um adversário difícil. Novamente dois ataques, ele esquiva, esquiva e me passa o pé. Caio no chão, ferido, com a pele queimada. Levanto-me como um lutador de Kung Fu. Ele me ataca, consigo esquivar e segurar seu braço.
    ”Vai morrer Garou. Eu sou venenoso.”
    Minhas mãos se queimam ao entrar em contato com sua pele. Ignoro a dor. Continua a segura-lo. Com toda minha força quebro seu braço.
    Ele ri.
    “Só isso que sabe fazer Garou.”
    Me dá um soco que pega em cheio em minha cara! Meus olhos queimam. Cambaleio, não caio. Não tenho saída. A luta está perdida. Não estava preparado, sem nenhum dom sem nada! Tenho sim uma saída. Mas posso morrer na tentativa!
    Os alicerces do castelo são muito antigos, quase podres. Sei que não posso atacar diretamente ao fomori, mas tenho a carta na manga. Recolho toda minha fúria dentro de mim, consigo passar por traz do Fomori. Ele não me percebe. Uso o priemeiro dom que aprendi, Toque de Queda, no alicerce do castelo. Ele começa a desmoronar. Estou cansado demais, não sei se consiguirei fugir. Exaustão exaustão. Uso minhas ultimas forças para pular no para o lado de fora do castelo. Caiu uns 10 metros no penhasco. Sentimento de serviço completo. A Grã Klaive é realmente minha.
    Retorno mais uma vez a América.

    A Minha Matilha

    Fui recebido com festa em meu retorno. Afinal não é sempre que um fetiche de tamanha importância é recuperado. Passei alguns dias em recuperação de meus ferimentos.
    Passaram-se doía anos até que eu retomasse todos meus serviços como um Garou, neste tempo acompanheir um Ancião Roedor de Ossos Theurge, é pode parecer estranho, mas os Roedores tem muita serventia, e são muito sábios e espertos. Nestas minhas viagens umbrais aprendi novos dons, aprendi a linguagem dos espíritos. Sempre acompanhado de meu pai juntamente com o Ancião Roedor, me ensinava muitos dos segredos da umbra.
    De tempos em tempos retornávamos a Terra, prestávamos alguns serviçoes ao caern de nova york, realizávamos algumas assembléias e tudo o mais.
    Depois destes dois anos, resolvi-me pronto para liderar minha própria matilha, eu já tinha algum status perante a sociedade Garou devido a meus feitos, minha história já era contada por alguns Galliard, enfim já possuía algum respeito.
    Decidi que outras regiões do mundo precisavam também da proteção dos Garou. O Submundo, o terceiro mundo havia sido esquecido pelo mundo, e inclusive pelos Garou mais preparados, e lá óbviamente que os mais fracos e necessitados de ajuda residiam.
    Decidi ir-me para São Paulo, Brasil. Passei dois meses de estudos intensivos para a linguagem Portuguesa.
    Fui para o Brasil. O país visto de cima é lindo, exulberantes florestas, grandes rios etc. Cheguei ao aeroporto de Congonhas, fui muito bem recebido, o povo latino é realmente muito alegre, diferente dos Arianos do Norte.
    Cheguei em pleno carnaval, aquilo realmente me pareceu uma grandiosa representação do Caos da Criação. Mas quando acabou, vi o lixo que era o país. Um governo tecnocrata (não os tecnocratas de mago, tecnocrata no sentido de ser feito por técnicos) militar sob totais influências da Coca-Cola, McDonald e Ford Motors, ou seja a Pentex dominava a região.
    Existia um Caern perto a zona central da cidade, muito parecido com o Caern do Central Park, era o Caern do parque do Ibirapuera.
    Seu líder Azul Celeste, uma lupina, Roedora de Ossos Ragabash. O Caern era suficientemente grande para suportar de dez a quinze garous, mas só quatro residiam por ali. Todos Roedores de Ossos. Por Gaia, como iria montar uma matilha de roedores? Descobri então que para mais ao interior do estado, na região centro-oeste em uma cidadezinha conhecida como Marilia, existia um outro caern, um caern que os Roedores chamavam de Místico.
    Logo que lá cheguei descobri o porque, a cidade era repleta de orientais, então já sabe, o Caern Ficava próximo a um templo Budista, e era liderado por um Portador da Luz Interor.
    Apresentei-me. Não era muito conhecido por aqueles bandas. Disse meus objetivos. Seu Líder Nuvem Passageira me indicou alguns membros do Caern. José Sanchez, um Roedor de Ossos Ragabash, Toguro Kawasaki, um Portador filhote, Theurge, Marcos Água Cristalina, um Filho de Gaia Philodox e Vanessa Espírito Selvagem, uma Fúria Negra, Fostern, Galliard.
    Por dez anos fomos uma matilha, realizamos missões em todos os quatro cantos do Brasil, mas a mais importante foi nossa última, aquela que me pôs na posição de Athro perante a minha sociedade.
    Um grupo de Madeireiros ilegais estava devastando a Floresta Amazônica ano a ano, Gaia pedia por socorro. Os metamorfos lá existentes nada faziam, talvez já exaustos de tanto tentar.
    Fomos indicados para a missão. A Madeireira tinha como Sede uma grande Mansão em Manaus. Diziam que só fachada, diziam que a Pentex mais uma vez estava por traz de tudo. Bem, viemos a descobrir que não era bem assim.

    Na Amazônia


    Chegando a Região logo lembrei da guerra do Vietnã e o terror que foi aquilo. Mortes sangue e tudo mais.
    Manaus era uma cidade que começava a se desenvolver na época, a Mansão ficava em um subúrbio, próxima ao Rio Amazonas.
    Estávamos equipados, parecia realmente o Exército, roupas militares, coturnos, armas militares. Eu no comando.
    A Casa possuía apenas uma porta de entrada, nenhuma janela, era uma verdadeira fortalez, 12 seguranças faziam a guarda de seus muros, não sabíamos quantos faziam a guarda dentro da casa. Todos bem armados. Enfim, esperava que nenhum deles fosse muito fortes. Conseguimos fassar pelo muro furtivamente graças a ajuda do Ragabash que conhecia algumas artimanhas. Lá fácilmente conseguimos render 5 dos seguranças de fora da casa. Pegamos suas roupas e adentramos a mansão. Para nossa surpresa ela estava totalmente vazia. Nenhum quarto, nenhuma luz.
    Ouvíamos barulhos vindos do Subsolo, fomos checar, um porão, sempre um porão. Descemos um lance de escadaria e eis que descobrimos o subsolo da casa era imenso, um grande laboratório. Homens e mais homens trabalhando, pareciam não nos notar, enfim estávamos como seguranças.
    Notamos que ao centro do Subsolo uma cápsula cheia de algum líquido mantinha vivo um “garou” em sua forma crinos mas era uma forma horripilante, muito pior que qualquer impuro, possuía um canino gigantesco parecido com o dos Vampiros. Nunca tinha ouvido de falar sobre Garous Vampiros.
    “Mãos na cabeça, todos parem o que estão fazendo – gritei.”
    Os homens assustados ergueram as mãos e sorriram. Um deles caminhou em nossa direção gargalhando. Atirei. Havia em torno do homem algum tipo de campo magnético que repeliu as balas.
    “Abaixem as armas soldados! Vocês viram mais do que deveriam e agora vão morrer. ABAIXEM AS ARMAS!”
    Um voz na minha cabeça dizia para baixa-las, mas consegui resistir aquele poder, meus amigos não. Largaram as armas.
    “Garou, abaixe esta arma! Senão...”
    “Senão o que?”
    “Bem, não me responsabilizo.”
    “Malditos, a Pentex nunca vai conseguir conquistar o mundo.”
    “Pentex? – ri – a Pentex é algo muito menor, muito menor mesmo do que nós.”
    Ele olha para as armas, todas inclusive a minha explodem. Tenho apenas tempo de levar as mãos até minha Grande Adaga e saca-la.
    “Garou, se pretende mesmo utilizar esta arma aqui irá ver seus amigos morrendo.”
    Todos os outros cientistas abaixam as mãos e começam a rir. Sacam umas pistolas que nunca vi antes. Parecem muito com as do filme de Star Wars.
    “Somos a Tecnocracia rapaz, vocês não têm chances. Sabe chamo-me Roberto, adoro contar para minhas vítimas o que fazemos aqui, e bem, depois mata-los. Sentem-se cachorrinhos.”
    Uma pressão sobre mim faz com que eu me sente ao chão, meus amigos também.
    “Este que vocês vêm nesta “geléia” é aquilo que chamamos de Máquina de Extermínio. Através do DNA Garou juntamente com o corpo de um Matusalém vampírico, formamos esta máquina de guerra. Bonitinha minha criação não? Bem, ela já está pronta e precisamos testa-la. E vocês caíram como uma luva para nossa tentativa. Permaneçam calados e estáticos. As coleiras por favor.”
    Colocam uma coleira em cada um de nós.
    “Estas coleiras são elásticas, sua forma crinos não a arrebentará. Elas tem explozivos capazes de matar 50 pessoas cada, se saírem daqui a um raio de 20 Km irão morrer. Amanhã, a festa continua.”
    Desmaiamos. Acordamos no outros dia nus. Minha Adaga, minha Grande Adaga, onde está? Estamos em uma cela, do outro lado, dentro de uma cuba de prata está minha adaga. Droga.
    Um homem vêm até nós, nos entrega algumas armas, uma submetralhadora para cada e espadas normais.
    “Prontos para lutar? Me sigam.”
    Ele nos leva até um grande coliseu. A máquina de extermínio está lá. Ela é uns dois metros maior do que um Crinos, e me parece muito mais forte do que qualquer Garra Vermelha.
    Pessoas assistem contentes a batalha.
    A luta começa.
    Ele é muito mais rápido do que nós, muito mais furioso. Está a 50 metros de distância e em um segundo está cara a cara com o Roedor de Ossos. Pulo em cima dele para proteger o roedor de Ossos, ele me joga contra a parede. Em um golpe de fúria entro em minha forma crinos. Ele ataca ferozmente o Roedor que é decepado.
    Droga, um membro morto. Um frenesi toma conta de mim. Lembro da morte de meus antepassados, lembro de minha missão para com os mais fracos, dou um uivo de guerra, largo minha arma no chão. Vou enfrenta-lo como um verdadeiro Berserk.
    Soco, garra, chute. Ele esquiva, esquiva e esquiva. Parece estar me testando. Fico a frente de meus companheiros, a Fúria vem me ajudar. Ela ataca de um lado, eu de outro, o animal parece nem sentir nossos golpes, isso quando o acertamos.
    Os golpes nunca surtem efeito. Um a um caímos exaustos. Até que só eu sobro de pé. Rezo a meu pai, a meus antepassados, e a Fenrir nosso grande pai. Peço ajuda a Gaia. Lembro-me da lenda de Thor, e de sua força extrema. É o momento certo.
    Concentro em um ponto da Criatura. Um ponto vital. Em um uivo acerto com toda minha força e fúria acerto em seu coração, o arranco e estouro em minhas mãos. O Ser cai ao chão, morto, não sei dizer se morto. Mas muito ferido. É nossa chance. Precisamos nos livrar das coleiras. Lembro-me que o homem que as colocou disse que só o controle remoto podia desativa-la. Estou muito cansado.
    Vejo o homem em um local de destaque no Coliseu. Meio assustado, não imaginava que venceríamos sua criação.
    Ainda exausto da Batalha, pulo em sua direção. Fácilmente arranco o controle de sua mão. Aperto o botão vermelho. As coleiras caem. O Roedor Morreu, a Fúria e o Filho de Gaia estão desmaiados, os pegos em meus ombros, o Portador tem condições de correr.
    Corremos para saída. Temos que passar pelas celas. Muitos seguranças nos perseguem. Dou a Fúria e o Filho de Gaia para o Portador carrega-los. Volto a minha forma hominídea, é mais fácil lidar com a prata assim. Tiro a Grande Adaga de sua guarnição.
    Não tenho condições de vencer os seguranças. Mas tenho o controle e as coleiras em minhas mãos. Deixo-as ao chão. Corro para longe e ativo o botão para que elas explodam. Um minuto. É o tempo que tenho para sair de lá. O Portador já está lá fora. Corro o máximo que meus joelhos exaustos agüentam. 3, 2, 1... pulo para foram. A casa é implodida.
    Missão cumprida.
    Voltamos para Marilia, o Roedor teve um grande enterro. Nós nos recuperamos. A Assembléia nos fez heróis de gaia. Nos fez Athros. Era momento de voltar mais uma vez a América. Era 1980.

    Tornando-se Ancião – 1980 ao Período Atual

    Completava trinta e quatro anos, com muitas histórias de vida, muito heroísmo e muita coragem. Recebia minha condecoração como Athro. Herói de Guerra na sociedade Garou. Mas minha vida não era completa! Ainda tinha muito a fazer, muitos anos a viver, muitas pessoas a salvar.
    O Espírito aventureiro sempre me fez procurar novos horizontes, mas este foi um período de relativa calma. Passei cinco anos em Nova Iorque como Guardião do Caern do Central Park. Não realizei neste período nenhuma missão de extrema importância, como os jovens costumam dizer eu estava “aposentado”.
    Mas nunca aceitaria esta situação. Depois destes cinco anos, sendo turor de Jovens Crias, ensinando-os as desmazelas do mundo e a sobrevivência dos mais fortes, notei que eu tinha parado. Precisava realmente voltar a ativa.
    Meus antigos companheiros de matilha estavam sumidos, e na realidade creio que não queria voltar a trabalhar com eles, queria mais uma aventura solitária, como eu realmente gosto. Um desafio.
    Soube por intermédio de um Peregrino Silencioso que a Pentex finalmente tinha conquistado o Rio Amarelo na china, e que o Antigo Caern dos Portadores da Luz havia sido destruído. Apesar de não ter tido nenhum vínculo fraternal com os Portadores quando me perdi a primeira vez na China, não pude suportar a idéia de que aqueles que me ajudaram no Vietnã estariam sofrendo nas garras da Wyrm. Juntei minhas tralhas. Preferi não me utilizar de pontes de Luna para não fazer alarde. Fui de avião.
    Sabia que não poderia enfrentar os Espirais Negras sozinho e muito menos em seu território, era uma missão de libertação.
    Não podia carregar muito peso. Apenas o suficiente. Minha Adaga, duas pistolas carregadas com balas de prata, meus dons.
    Fui de Beijing até o Nepal praticamente a pé, pegava carona em trens de carga. Foram mais de 15 dias de viagem pelo centro-norte chinês.
    Cheguei as intermediações do Caern. O Local que dantes fora um grande arrozal e bambuzal, tornou-se uma enorme extratora de Bauxita. Uma verdadeira mina de alumina, bauxita, enxofre e outras coisas mais.
    O Cheiro da região antes puro e agradável, tornou-se ácido e alérgico. Preferi não me preocupar com tais coisas.
    Rezei a meu pai, pedi sua ajuda. Ele não respondeu. Pelo jeito a Umbra local estava muito carregada, eu estava sozinho. Sabia apenas que meus “amigos” se não estivessem mortos estavam aprisionados em algum local próximo a mina, com a execução marcada.
    Uma voz em minha cabeça.
    “Na sala de máquinas, estou aqui.”
    Me dirijo anoite a tal local, tento ser o mais furtivo o possível. Entro na sala de máquinas. Ela não esta guarnecida.
    Ao fundo apenas um homem, um oriental, muito abatido e torturado está amarrado e algemado com algemas de prata. Com minha força consigo rebentar as algemas. Desamarro-o.
    Ele é Sujiro Espírito Amarelo, o último Ancião Theurge Portador da Luz Interior da Região.
    “Você me salvou, terá uma grande recompensa em troca.”
    “Ainda não salvei. Temos que sair daqui. E rápido.”
    Saímos da sala de máquinas. Dois guardas estão postados a frente da sala. Com suas armas apontadas. Mas não dá tempo de atirarem. Imobilizo um e com a pistola faço seus miolos voarem. Espírito Amarelo em um golpe fenomenal, em uma mistura de vento e chutas desmaia o outro.
    Conseguimos sair do caern.
    Com muito cuidado atravessamos o Nepal e chegamos ao Sul da Sibéria, na União Soviética. Local de muitas armas atômicas. Ele sabe onde tem um Caern de Presas de Prata por ali.
    Chegamos ao caern, não fomos muito bem recebidos, mas tudo bem. Esperar o que dos Bairristas Presas de Prata Lupinos da Rússia? Após alguns meses ali, servindo como protetores do Caern em troca eles fizeram uma ponte de Luna para Nova Iorque, e para lá fomos eu e Espírito Amarelo.
    “Agora você me salvou rapaz. Terá sua recompensa. Não tenho fetiche, nem dinheiro, nem nada para lhe dar em troca de seu favor. Arriscou sua vida, e por isso irei ensinar-lhe um pouco da única coisa que sei. Minha tribo pode me condenar por isso, mas creio que não. É um conhecimento muito restrito e que deve ser usado com cautela! Creio que já tenha o visto em suas andanças. Chama-se Kailindô. Mas não posso ensinar-lhe os segredos mais profundos, apenas as artes básicas, depois que aprender o básico pode tentar desenvolver-se sozinho.”
    Passamos três anos treinando e meditando todos os dias, até que eu conseguisse finalmente me utilizar dos primeiros golpes de Kailindô. Confesso que é um estilo de luta muito bonito, uma arte sem dúvida. Mas não gosto da idéia de deixar meus inimigos vivos. Aprendi o básico, foi uma experiência incrível.
    Espírito Amarelo retornou a China. Eu fiquei em Nova Iorque, para meu último aprendizado. Já me considerava pronto para aprender definitivamente a utilizar a grande adaga.
    Fui para Umbra, meu pai tinha me prometido, promessa é divida. Por cinco anos fiquei umbra adentro com meu pai, Morte Espiral, para aprender e desvendar todos os segredos do Duelo de Klaives.
    Retornei, já era 1987.
    Permaneci no caern de Nova Iorque como guardião do Caern. Treinei jovens Ahrouns, alguns crias passaram por minhas mãos. Lutei contra vampiros, sobrevivi a ataque de Fomoris.
    Em 2000, após anos de serventia a Gaia fui condecorado com o Posto de Ancião. Já tinha então 55 anos.
    Como sempre, não consegui ficar parado em um só local, viajei para América do Sul, África, Europa nos últimos cinco anos. Sempre formando matilhas temporárias, guerreando contra as forças da Wyrm e Weaver.
    Há algum tempo soube que o Caern do Lobo Fenris em Virtual City vinha sofrendo algumas baixas e precisava de ajuda. Soube que seu antigo líder Vingador, um ancião creio eu sem muito Caráter ou sem muita sorte, sumiu sem deixar vestígios. Fui incumbido pelos Presas de Garm, por meu pai e por Fenris a ir a tal caern e zelar por sua segurança.
    E neste momento é isto que estou fazendo. Acabo de chegar em virtual city, a cidade é uma desgraça, fede a Wyrm. Ela precisa ser purificada.

    E esta é minha história. Disse que era cumprida. São 69 anos de vida.
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    Mensagem por NPC Sáb 27 Set 2014 - 2:37

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