Coração do Caern - Clareira - Caern do Urso

*Eni, atenta ao que saia da Umbra, observa um homem quase pelado e de aparência grotesca sair da passagem do Ádito.*

*Aproxima-se da Cria de Fenris*

- Um tanto estranho, não acha?!

Duas mulheres e um velho. Mandíbula sabia muito bem que feminilidade não era sinônimo de fraqueza, mas ainda assim era uma recepção diferente da que esperava. Ele escuta uma das mulheres falando, uma língua que não escutava há muito tempo. Há vidas e vidas atrás. O homem "grotesco" abre a boca para falar, e as palavras que saem são no idioma Garou, mas de uma forma gutural, como que se o dono estivesse desacostumado a falar.

Não... Não estranho. Você estranha, fêmea.

*A Garou percebe o homem grotesco dirigir-se a ela. Parece que ele havia escutado seu comentário com Tormenta. A Fúria Negra retruca*

- Grotesco.. mas parece escutar muito bem! Pra um macho...

*Sombra da Lua fita a criatura com desprezo pelo comentário*

A fêmea era obviamente louca. Ou talvez este mundo novo fosse inteiramente louco. Demoraria um tempo até se acostumar...

Machos... caçam. Bom caçador... bom ouvido...

*Eni ignora o homem grotesco, percebendo seus modos e sua forma de falar, dignos de um homem das cavernas.*

*Volta-se para o Ancião*

- Ajudante-Rhya, o senhor poderia explicar o que significa isso?

*Olha Eni e Tormenta e diz as duas*

Este é nosso convidado, ele vem de Pangea e deve ser respeitado.

*olha o visitante e fala na Língua dos Espíritos*

Sou Ajudante de Matilha, sou dos Filhos de Gaia e Líder deste Caern, que é da Seita do Urso. Em nome dos três Caern, lhe dou boas vindas.

O Ancião falava em uma língua mais agradável. Era melhor do que falar como um bárbaro.

Obrigado pelas boas-vindas, Ancião. Eu me chamo Mandíbula-do-Abismo. Já sabia da minha vinda?

*Fala na Língua dos Espíritos*

Amigo Urso está agora na umbra e usando a sua comunicação telepática ele me disse quem você era, eu fico muito satisfeito em te receber Grondr, desculpe essas duas Garou, elas ainda vão entende-lo.

*abraça Mandíbula*

Bem-vindo a seu novo lar amigo!

*Eni, confusa com a conversa dos dois, apenas observa ao lado de Tormenta*

"- Um troglodita semi-nu vindo de Pangéia... Quão grandioso pode ser isso?!"

Mandíbula trava ao ser abraçado. Ninguém havia chegado tão perto dele nos últimos milênios sem ter tentado matá-lo, a não ser um ou outro espírito de entelodonte... Mas ao mesmo tempo, não poderia atacar, nem por reflexo, um ancião tão idoso e amigável.

Mas não retribui o abraço.

Sim... Obrigado...

Sou eu quem não entendo as Garou. Acho que uma ficou ofendida porque a chamei de fêmea.

Se estamos num caern, isso significa que estamos numa floresta, não é, Ajudante de Matilha? Eu tenho assuntos para resolver. Assuntos urgentes.

Mandíbula vê Scud cruzar o portal e fica um pouco mais relaxado, observando o martelo que ele mostra.

PS: Diálogos com Scud e Ajudante de Matilha são na língua dos espíritos, a menos que especificado o contrário.

É um martelo, Scud. Você balança ele e a coisa que estiver do outro lado é amassada. Não é muito complicado. Por que não testa ele?

Eu peguei essa máscara. Luto bem o suficiente sozinho, mas com isso posso ter asas se precisar.

Assim que todos passam pelo portal, a theurge, não encontrando o véu de podos, pega um sino de gelo, que impedia que os espíritos se materializassem e segue para o Caern.

Logo que atravessa, o portal se fecha atrás dela. Estava cansada, suada, e seu coração batia forte, tinha alguém mais do que especial aguardando a sua volta.

Ela observa Scud, Mandíbula, um ancião e mais duas garous. Se aproxima deles, e com uma leve reverência se apresenta.

- Sou Celina Amber, conhecida como Loba Branca, theurge dos Senhores das Sombras.

Olha para o ancião, e fala:

- Não tive a oportunidade de lhe conhecer antes ancião Rya, logo tive que ir para a umbra. Peço desculpas por isso, e ainda mais por que tenho que me retirar, preciso ir à cabana de Vento Cortante, tem alguém muito especial me aguardando. Mais tarde, se o senhor permitir, retorno e poderemos conversar melhor.

Ela faz novamente uma pequena reverência com a cabeça ao ancião e as duas mulheres que ali estavam, e em seguida se encaminha apressada a cabana de Vento Cortante.

*Sombra da Lua percebe que portal ainda não havia se fechado e de repente, nota dois outros indivíduos saindo dele. Era uma mulher e um homem alto e jovem. Pela conversa, parecia ser um dos grupos que estavam em uma jornada no reino espiritual*

*Eni apenas cumprimenta a tal Loba Branca e aguarda Ajudante-Rhya terminar a recepção calorosa, ao lado de Tormenta*

*sorri e ao ver Scud e o abraça dizendo*

Scud meu amigo, você voltou!


*Olha Loba Branca e a abraça também*


Loba bem-vinda!


*olha todos e diz*

Bem-vindos meus amigos, sei que estão cansados, sigam para a cabana de Vento Cortante, vamos todos para lá para conversar!

*Ouve o Ancião e olha a Cria de Fenris*

- Então, vamos também?!

*seguindo para a Cabana, indo sorrindo com Mandíbula e Scud, estava super feliz pelo retorno dos dois*

*Chuva Vermelha chega e nota uma grande Ponte da Luz se fechar e tem ali vários desconhecidos e dois conhecidos*

*Ali tem Ajudante de Matilha, tem Tormenta, Eni, Loba que segue correndo em Hispo para algum lugar e Ajudante indo ao lado fez de um cara grandão Mandíbula e Scud, um índio*

*Scud abraça Ajudante de Matilha e nota que o ancião parece mais....novo, vigoroso, renovado. Alias, tudo ali parece mais vivo e alegre.*

- Ajudante-Rhya, aconteceu alguma coisa enquanto estive fora?

*Quando comessa a andar para a cabana de Vento Vortante, Scud nota duas belas moças ali presente, um pouco envergonhado ele para e se apresenta.*

- Desculpem, eu não notei voces ai, eu sou Herói de Prata, hominideo Ahroun dos Wendigos, mas todos me chaman pelo meu nome, Scud.

Mike muda para homínideo faz uma leve reverência e diz

Boa tarde a todos, Mike Foster, Chuva Vermelha, Peregrino silencioso, Ahoun, Hominídeo

Vim me apresentar a pedido do Ancião Donovam.

*como uma criança de 120 anos, anda sorrindo ao lado dos amigos recém chegados de Pangea, ouve Scud e diz*

Tudo a seu tempo Scud, contarei a todos o que houve e mostrar quem fez por nós o que sentes em nosso Caern!

*ainda andando até a cabana*

*ouve Mike e diz*

Se aproxime amigo, venha, sou Ajudante de Matilha, venha conosco também! Hoje é um dia feliz em nossos Caern!

Mike acompanha o Ancião junto com os demais, sorri e fala

Ah! então dei sorte.

Respondendo Scud
Na minha época eu usava uma ou outra arma. Machado, clava, martelo. Obrigado, Scud, mas acho melhor ficar com ele. Se algum dia eu precisar lutar nessa forma de macaco, você me empresta.

Ajudante de Matilha começa a liderar Mandíbula, sob protestos. Muita gente, muita informação. O Grondr está completamente perdido.

*Eni olha os recém-chegados se somarem à pequena reunião que de repente se formou. Ouve os Garou se apresentarem e faz o mesmo, olhando Scud e Chuva Vermelha*

- Sou Eni "Sombra-da-Lua", Hominídea, Ahroun das Fúrias Negras, Fostern. É uma honra conhecê-los!

*Ouve Tormenta*

- De repente ficou cheio, não acha?! Melhor seguirmos Ajudante-Rhya...

*Segue com Tormenta para onde o Ancião vai*

*Todos finalmente chegam a Cabana, continuem lá*

*O longe podia-se notar os primeiros indícios de que a tempestade assolara os caerns. Saindo da caverna de Donovan, a theurge muda para a sua forma hispo, uma robusta loba, com os pelos completamente brancos e olhos negros. Ergue o focinho para o alto, cheirando o ar, e em seguida, sai em disparada para o coração do caern do urso, onde a energia era mais forte.

Cada passo que dava em direção ao coração da floresta, seu coração acelerava mais, vindo na sua mente apenas a imagem de Fionna chorando junto com seu marido, Eddy.

Ela tinha como resolver isso, mas deveria se concentrar e se conectar com a tempestade e com seu pai, sábio de todas as maneiras.

Assim que chega, anda de um lado para o outro, analisando o lugar, vendo se não tinha ninguém por perto. Rodeia todo o perímetro, voltando a sua forma humana.

Caminha lentamente até um pouco no centro, olha para o céu e percebe que seu pai estava chegando, deveria apenas se concentrar nele, se concentrar no porque ainda lutava, se valia a pena continuar a luta por Gaia, o mundo estava cada vez mais perdido, mas ao menos, nem que fosse uma pequena esperança, se ainda houvesse com quem lutar, a theurge lotaria com todas as suas forças.

Ela senta em posição de lótus, com as mãos juntas, respirando fundo e se concentrando para executar o ritual comunhão com a tempestade.*

*Celina deve desempenhar esse ritual dentro do tópico do Coração do Caern*

*Sentado na sombra de uma árvore próxima, observa a chegada de visitantes, vendo a tempestade se formando cada vez mais forte o frio e o vento, sorri ao ver Chapeleiro e Lágrima*

Indo de braços dados com o corax, estava mais séria, sabia que logo teria uma conversa difícil, mas ainda não era hora. Antes que pudessem chegar a Ajudante de Matilha, ela segura mais forte o braço de Chapeleiro, dando um passo a frente. Respira fundo e vira-se para ele, o olhando nos olhos.

- Depois, quando estivermos sozinhos e toda essa agitação passar, preciso conversar com você. É um assunto delicado, mas tem que ser hoje.

Tenta abrir um sorriso, mas a seriedade do momento não a deixa terminar de completar o sorriso, apenas passa uma de suas mãos pelo rosto dele e continua caminhando na direção de Ajudante de Matilha.

Logo que chegam perto dele, faz uma pequena saudação e fala calmamente.

- Boa tarde senhor.

*responde a saudação da Garou*

Bom dia na verdade, ainda é cedo...

*sorri e fala*

Chapeleiro de Penas, faz tempo meu amigo!

Fecha os olhos por alguns instantes enquanto o corax acaricia o seu rosto, depois o olha com um ar um pouco mais animado, e acena positivo com a cabeça.

Voltando sua atenção ao ancião, abre um sorriso descontraído.

- Pois é, ainda me confundo com os 'bom dia', 'boa tarde' hehehe. Sou Lágrima de Prata Abençoada, Filha de Soktha, Galliard dos Fianna. É um imenso prazer em lhe conhecer.

*acaba se levantando, e responde*

Sou Ajudante de Matilha-Rya Kinain, Lupus, do Campo Servos do Unicórnio dos Filhos de Gaia. Líder da Seita do Caern do Urso. É um prazer... Mas Lágrima, não havia me conhecido ainda? Estou com a memória horrível!

- Infelizmente não senhor. Tive minha mudança a pouco tempo, e logo após meu ritual de passagem, fui enviado ao Reino Etéreo junto com o Chapeleiro para pagamento de chiminage, por causa de alguns dons que aprendi.

*sorri e fala*

Então quem sou eu para desmenti-la, eu que sou um velho e a cada ano, Gaia toma de mim algumas coisas... Mas então, como foram no Reino Etéreo?

Lágrima, esse é Ajudante de Matilha, um dos anciões Garou mais sábios, e porque não dizer, simpático que tive o prazer de conhecer.

O Reino Etéreo é lindo nessa época do ano! Encontramos um ou três Garous por lá. Alguns desentendimentos, mas no geral foi muito bem. Bem demais.

Aperta a mão de Lágrima.

Olhando para o ancião, a lupina ao sentir que Chapeleiro aperta a sua mão, fica mais confortável, mais segura. Talvez a sua conversa com ele não fosse tão difícil, mas o que realmente a assustava, era o que vinha depois.

Entrelaça seus dedos nos dele, segurando firme em sua mão. Com o habitual sorriso o rosto, responde aos dois.

- Que sorte a minha então, até hoje eu só encontrei pessoas de bom coração. Presumo que não terei essa sorte por muito tempo, não é mesmo?

Ah, não podemos esquecer dos pegasus, eles são incríveis. Encontramos um bom grupo reunido, foram solícitos e nos ajudaram com a gnose que precisávamos. E o mais incrível, poder observar eles voando e logo acima, o sol e a lua. Tudo que aconteceu nessa parte foi lindo, como se já estivessem nos esperando.

*fica satisfeito com tudo que foi dito e questiona*

E Hyperium, lhes recebeu bem? Aquela barreira de fogo é algo danado de ruim não acharam?

*Fecha os olhos e se arrepia toda só de lembrar da barreira de fogo.*

- Nem me lembre daquela barreira, estou sem meus pelos até agora. Embora Hyperion tenha nos tratado da melhor maneira possível, prefiro adiar nosso próximo encontro.

*Solta uma pequena risada.*

*ri junto da situação e diz*

Bom, então vocês foram bem, trouxeram as Pedras das Trilhas, Pedras do Sol e Gnose para nosso Caern, realmente esplêndido! Reconheço que foram bem e devido a isso merecem reconhecimento, portanto, recebem Glória (5 pontos temporários), Honra (5 pontos temporários) e Sabedoria (5 pontos temporários) cada um por seus feitos! Parabéns meus jovens!

Não sabia ao certo o que aquilo significava, mesmo assim, abaixa a cabeça em forma de gratidão.

- Muito obrigada senhor, estou sempre as ordens do Caern.

*sorri para Lágrima, esperando a reação do Corax*

*fica satisfeito*

- Mais uma vez, muito obrigada senhor.

Fazendo uma reverência breve, começa a se afastar de Ajudante de Matilha, indo bem devagar para a cabana de Amon.

- Eu agradeci, mas não faço a mínima ideia do que seja renome, honra, sabedoria...ia perguntar pra você mesmo.

Beeem, você é uma loba, então não vai ser tão difícil de explicar.

Pense nos Garou, todos eles, como uma graaaaande alcateia, com postos altos e baixos. Nós, os novos, começamos de baixo e vamos subindo ao longo da escada. Eu mesmo já consegui subir um degrauzinho.

A diferença é que você não sobe os degraus brigando a torto e a direito, bem, pelo menos não só assim. Ao fazer tarefas dignas de Gaia, ganhamos renome. Glória por coragem e valentia, honra por comportamento digno e sabedoria por, bem, por ter uma boa cabeça. Acumule o suficiente e suba degraus. Suba os degraus e ganhe respeito dos seus companheiros e, o mais legal novos poderes.

Caso Ajudante de Matilha não continue a conversa, segue junto com Lágrima em seu passo lento.

- Hummm, entendi. Creio que Amon e Ajudante de Matilha estejam no último degrau. Correto? Realmente, não foi tão difícil de entender. Pensei que fosse algo mais complexo, não sei.

Mas agora faz sentido, faz bastante sentido. Como conversamos no Reino Etéreo, os garous estão brigando entre si, e esses degraus explica muito. Esquecem suas verdadeiras missões e só querem subir, subir, subir...

Conforme vão conversando, se afastam do ancião, que já estava longe da visão de ambos. Ela chega próxima do corax, segurando firme a sua mão, para próxima de uma árvore e se encosta nela.

Fecha os olhos um pouco, abaixando a cabeça, respirando fundo. Quando ergue a cabeça, estava segurando o choro, apenas puxa o corax e o abraça forte.

- Não fui totalmente sincera com você, mas não sei o que fazer, eu preciso de ajuda, Chapeleiro.

Sim, é exatamente  isso.

Fica assustado ao ver a mudança de Lágrima, e para longe dela.


Hmmm, sabia que tudo estava bom demais para ser verdade... Foi o negócio com os olhos? Sempre  é o negócio dos olhos.

Olha para ele meio confusa, mesmo em momentos tensos, ele conseguia tirar um meio sorriso dela.

- Não é nada com os olhos, você não me viu matar para comer, então, acho que comer olhos não me assusta. É complicado, até porque eu não sei bem como são essas coisas, ai por Gaia, como é difícil.

Ela senta no chão, encostando suas costas na árvore, faz sinal para que Chapeleiro sente também.

- Eu não falei tudo sobre a visão que Soktha me deu. Digamos que a maior parte eu não contei, até porque tivemos aquele atrito com os portadores e não tive oportunidade, e depois, bom, não queria estragar nada do que estava acontecendo com a gente com isso, mas, não posso mais esconder, porque o que esta em jogo é a segurança do caern, diria que de grande parte da nação garou.

Ela falava rápido, quase não pegando fôlego, como se tudo aquilo já estivesse engasgado em seu peito.

- Soktha me mostrou o início da guerra da fúria, como tudo ocorreu, quando um fomori matou a filha do grande Lobo Branco Rhya, e armou para que parecesse que tinha sido uma raça metamórfica, Bastet, se não me engano.

Também me mostrou, de como ele foi caindo aos poucos para a loucura e maldade da Wyrm, e de como se apoderou de um fetiche, Lança de Odin, que pelo que pude ver, é extremamente poderoso e perigoso.

Leva as mãos no rosto, fazendo uma pausa, seus olhos estavam na direção das do corax.

E também me mostrou, onde as partes da lança estão. Uma parte esta em Pangea, protegida por um espírito, e a outra parte, bom, ela esta aqui no Caern dos Três, enterrado no cemitério. E agora, Lobo Branco Rhya, é conhecido como Lord Negro, virou um grande espírito, mas seu objetivo é virar um incarnae, e com a Lança de Odin ele conseguirá.

Abaixa a cabeça, chorando aos prantos.

- O que eu faço Chapeleiro? Soktha disse para eu seguir meu coração, que a hora da batalha com esse Lord Negro chegaria, mas que a própria Luna queria que eu soubesse disso. O que eu, que tive minha mudança a pouco tempo, que não entendo de muita coisa, vou poder fazer contra esse Lord Negro? Eu to desesperada, e ao mesmo tempo com medo de falar pros outros sobre isso, porque eu vi o que a Lança faz, ela corrompe o coração dos filhos de Gaia, fazendo o poder subir a cabeça, eu não sei, simplesmente não sei o que fazer...

*Lágrima e Chapeleiro saem da presença de Ajudante de Matilha, que volta a meditar embaixo da árvores, mas depois ele levanta e segue pra umbra sem mais ser visto*

*os dois estão ainda dentro do coração do Caern, e parece que algo rompe voando a frágil Película pousando numa árvore diante de Chapeleiro e Lágrima*

*Num galho da árvore, apenas observa e escuta*

Estava tão nervosa que a única coisa que conseguia fazer era olhar para baixo tentando controlar o choro. As mãos estavam apoiadas nos joelhos, o corpo todo tenso, como se estivesse esperando algum ataque surpresa.

Ela só ergue o olhar quando o corax começa a contar sobre o Lord Negro, a alguns anos atrás, e ele saiu vivo daquela demanda e ainda por cima ajudou o caern. Isso da uma esperança a lupina, de alguma forma, algum jeito, eles conseguiriam deter novamente Lord Negro.

Começa a secar o seu rosto, ainda estava alterada, nervosa, mas ao mesmo tempo, aquela conversa tirou um peso enorme das suas costas e do seu coração. Assim que Chapeleiro acaria o seu rosto, fecha os olhos por alguns instantes, apenas tentando colocar o pensamento em ordem.

Segura as mãos dele com carinho, dando um pequeno beijo nelas, abrindo os olhos, já estava mais calma.

- Não sabe o peso que tirei do meu coração te contando isso, Chap. Eu realmente não sei como faremos, mas eu não posso esperar muito tempo, pelo que Soktha me mostrou, e pelo o que você disse, quanto antes começarmos a nos preparar, mais chances teremos.

Levanta ficando na frente do corax, estava séria, mas parecia aliviada.

- Obrigada, obrigada por tudo que esta fazendo por mim, eu tenho ciência que essa demanda é muito arriscada, é mais do que posso pedir à você, mas realmente acho que ficaria complemente perdida sem você. Então, desculpa por estar te colocando em uma situação difícil, e obrigada por segurar a minha mão em um momento tão delicado.

O abraça com carinho, encostando a sua testa na dele por alguns instantes, mas se afasta aos poucos quando percebe a Coruja materializada.

- Era você que estava na minha visão, contando essa história da guerra da fúria e as suas consequências. Não era?