Fórum dos Presas de Prata

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    Mensagem por Hesha Ruhadze Sáb 27 Set 2014 - 3:37

    Nome: Abu Hesha Ruhadze

    Natureza: Visionário
    Comportamento: Conformista
    Clã: Seguidores de Set
    Geração: 8°
    Refúgio: Em algum lugar de Dallas
    Conceito: ???
    Senhor: ???



    Atributos - Físicos

    Força: 3
    Destreza: 4
    Vigor: 5

    Atributos - Sociais

    Carisma: 4
    Manipulação: 5
    Aparência: 2

    Atributos - Mentais

    Percepção: 5
    Inteligência: 5
    Raciocínio: 5

    Habilidades - Talentos

    Prontidão: 4
    Esportes: 3
    Briga: 3
    Esquiva: 4
    Empatia: 3
    Expressão: 3
    Intimidação: 3
    Liderança: 4
    Manha: 4
    Lábia: 5
    Equilibrio: 3
    Intuição: 3
    Estilo: 3

    Habilidades - Perícias

    Empatia com Animais: 2
    Ofícios: 4 (antiguidades)
    Condução: 1
    Etiqueta: 4
    Armas de Fogo: 2
    Armas Brancas: 1
    Performance: 4
    Segurança: 3
    Furtividade: 4
    Sobrevivência: 2
    Demolições: 3
    Cavalgar: 1
    Truques: 2

    Habilidades - Conhecimentos

    Acadêmicos: 5 (Humanas)
    Computador: 1
    Finanças: 1
    Investigação: 4 (Arqueologia)
    Direito: 1
    Linguística: 5
    Medicina: 4 (Enigmas da Medicina)
    Ocultismo: 4
    Política: 4
    Ciência: 1
    Enigmas: 4

    Antecedentes

    Aliados: 1
    Contatos: 4 (Museus)
    Fama: 1
    Geração: 5
    Influência: 4
    Influência em: Explorações Arqueológicas
    Lacaios: 5
    Mentor: 0
    Rebanho: 2 (Banco de Sangue)
    Recursos: 5
    Status: 1
    Prestígio de Clã: 5
    Identidade Alternativa: 1
    Status Tal’mare’rah: 1


    Disciplinas:

    Auspícios: 2
    Rapidez: 5
    Fortitude: 5
    Ofuscação: 4
    Potência: 3
    Quietus: 5
    Animalismo: 2
    Presença: 5
    Serpentis: 5
    Metamorfose: 2
    Taumaturgia: 5







    Virtudes:

    Consciência: 5
    Autocontrole: 4
    Coragem: 4




    Trilha de Typhon: 8




    Força de Vontade: 9



    Qualidades:

    Vontade de Ferro
    Memória Eidética

    Defeitos:

    Perturbação: Perfeccionista


    Descrição: Hesha está sempre calmo, sua aparência é sempre plácida, carrega consigo uma bengala com cabeça de cobra e está sempre alinhado. Prefere tratar de seus assuntos com o menor uso de disciplinas possíveis.



    Segredos: Hesha não cria carniçais e nem mantém empregados com o uso de disciplinas vampíricas, prefere que estes confiem de verdade nele. Apesar de achar que todos só são ferramentas para seus objetivos.
    Hesha Ruhadze
    Hesha Ruhadze
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    Hesha Ruhadze - NPC Empty Re: Hesha Ruhadze - NPC

    Mensagem por Hesha Ruhadze Sáb 27 Set 2014 - 3:37

    Hesha Ruhadze tinha tudo que um seguidor de Set poderia querer; Dinheiro e mansões, influência e inteligência, clientes confiáveis e um sócio (minoritário) que ele conseguia controlar. Hesha tem uma fé inabalável, a benção de seus deus, visão, e um auto-controle de ferro.

    A Sorte de qualquer um sempre pode mudar de repente.

    Numa loja de antiquidades de Manhattan, Hesha encontra algo que fugiu de suas mãos durante o espaço de tempo que consumiria dezenas de vidas mortais - o Olho de Hazimel.

    Ao nascer do dia seguinte, tudo que ele lutou para conseguir durante séculos de sua existência vampírica se esvai por entre seus dedos. Ele mal percebe que alguém que ele encontra por coincidência em Nova York só está ali graças à outro fio da mesma teia em que agora ele se perde, fazendo o Olho de Hazimel fugir de suas mãos novamente... ou será que no mundo sombrio dos mortos-vivos existe tal coisa chamada "coincidênica"?






    Sábado, 17 de julho de 1999, 23h33min
    Palácio de Bhagyakul Roy
    Calcutá, Bengala Ocidental




    Hesha chegou ao palácio pelo sul. O mato que sufocava o calçamento fora esmagado por muitos pés antes dos seus. Seguiu por um caminho batido por entre a relva e as entusiásticas trepadeiras.

    Através do denso e cinzento véu de chuva, enxergou a velha mansão. O arquiteto a adornara com cópias baratas de estátuas clássicas gregas; os posseiros acrescentaram antenas de TV ainda mais feias.

    Os proprietários haviam exibido sua riqueza em mármore e pedras raras; o tempo, as inundações, a doce ruína e as árvores invasoras haviam destruído a argamassa e rachado a fachada elegante. As paredes sem janelas ainda estavam de pé, as colunas e os arcos permaneciam intactos, mas, no pórtico onde os lacaios de libré da família original haviam atendido aos convidados, acotovelavam-se uns vinte homens desleixados e maltrapilhos, ao abrigo da tempestade.

    A fumaça se erguia dos cachimbos e dos cigarros úmidos em suas mãos. Altos-falantes baratos despejavam uma voz de mulher: música pop enfadonha com letra em bengali.

    Hesha olhou de relance para o limite das árvores atrás dele e subiu os degraus quebrados do palácio. Um homem grande, sentado numa posição de importância na base de uma coluna, levantou-se para saudá-lo.

    — Salaam, sahib. Só para sócios — disse ele, entediado e pronto para voltar a se sentar.

    — Salaam, bhai — proferiu Hesha em tom de comando. O guarda se deteve. — Tenho uma mensagem para um dos sócios.

    — Muito bem, sahib. Você dá a mensagem para mim, eu dou a mensagem para ele.

    Hesha subiu o último degrau e encarou o infeliz de cima para baixo.

    — Eu a darei a você — ele disse —, se você levá-la imediatamente ao seu lorde.

    Agora sério, com grande respeito na voz, o guarda colocou as mãos unidas sobre o bilhete.

    — Muito bem, sahib.

    Prestativo, ele passou por entre os companheiros e desapareceu nas sombras.

    Meia hora depois, o guarda retornou. Gritou algumas ordens para os demais. Eles correram de volta à mansão como ratos. O próprio líder desapareceu e, sobre o palco agora livre, começou a desfilar a Corte da Camarilla de Calcutá.

    Hesha esperou por eles, três degraus abaixo, molhado mas tranqüilo. Se tinha os trajes encharcados de chuva, melhor: seria muito mais difícil enxergar através deles.

    Se a bengala, o monóculo e a cabeça nua cintilavam de maneira sobrenatural sob as luzes da casa, muito mais eficaz seria sua figura solitária. Como toque final, deixou que todos vissem a serpente enrolada tatuada em sua calva.

    Um cavalheiro louro, de feições alongadas e terno cinza-claro veio até a frente do pórtico. Ele e o visitante ficaram em silêncio por um bom tempo, sem pressa, e então (para a evidente surpresa dos Membros mais próximos) ele desceu graciosamente os largos degraus até onde Hesha se encontrava.

    — Vamos dar uma volta — disse Lorde James Abernethie, Príncipe de Calcutá. — E você me dirá por que um declarado Seguidor de Set deseja falar comigo.

    — Estou simplesmente me apresentando ao chegar ao seu domínio — Hesha respondeu. — É uma de suas regras, pois não?

    O príncipe sorriu de leve.

    — Uma regra que eu dificilmente esperaria que você fosse obedecer.

    — Neste caso, é uma mera questão de natureza prática. Estou aqui a negócios, e legítimos. Não quero alarmá-lo nem gostaria de ser atacado enquanto cuido de meus assuntos.

    Lorde Abernethie estacou. Nem ele nem Hesha eram tão inexperientes a ponto de olhar nos olhos de outro Membro, a menos que estivessem certos quanto ao que esperavam encontrar, mas o Príncipe, em sua ira, arriscou-se tanto quanto a precaução permitia.

    — E por que diabos eu deveria deixar alguém da sua laia seguir as regras?

    — Bem — começou Hesha —, é o seu Elísio que seria rompido. Você teria, sem dúvida, a simpatia da Corte. Mas seria realmente seguro ter... a simpatia de todos eles?

    — Como prova maior da minha consideração — continuou o Setita —, trago-lhe três coisas. Um presente...

    Ele bateu palmas. Um homem miúdo e mal-humorado surgiu dentre as árvores. Sobre um carrinho de mão, com imensa dificuldade, o criado arrastava pelo mato uma grande caixa de aço cor de oliva e cáqui. A um gesto de Hesha, a Áspide deteve o carro a meio caminho da casa.

    — Mísseis antiaéreos, lançados de ombro. Fabricação inglesa, não russa. E um lançador, é claro.

    — E por que eu precisaria disso?

    Hesha apoiou-se na bengala, pensativo.

    — Problemas orientais, talvez?

    Havia o barulho da chuva, mas James Abernethie nada disse durante algum tempo.

    — Eu aceito — o Príncipe enfim consentiu —, depois de confirmado que são exatamente o que você diz que são, além de completamente operacionais. Qual é o segundo item?

    — Minha promessa de que não pretendo me estabelecer em Calcutá.

    Lorde Abernethie gargalhou alto.

    — E o terceiro?

    Hesha tirou do bolso do colete um fino pacote de plástico. Ele o entregou ao Príncipe. Lorde Abernethie abriu o pacote, usando o envelope para proteger o conteúdo da chuva, e leu.

    Reconheceu a caligrafia nas cartas. Sua pele lívida empalideceu ainda mais, e ele ficou tão desconcertado que chegou a olhar para as sobrancelhas do outro.

    — Bem-vindo ao meu domínio — ele disse rispidamente. — Não quer entrar?

    — Obrigado, Excelência — disse Hesha.

    Lorde Abernethie, depois de apresentar o visitante aos convidados mais ilustres (a anfitriã desaparecera e não se conseguia encontrá-la), delegou suas obrigações sociais a uma de suas crianças da noite: a Rani Surama, uma filha morena e obediente, nativa do país (ao contrário de Lorde James), envolta num sári laranja-fogo e numa educação impecável.

    Ela o apresentou a cada grupo de convivas, depois se acomodou ao lado de Hesha num canto mais afastado. Muitas das novas relações vieram cumprimentá-lo, mas o desencorajamento de sua bela acompanhante tornava breves as intromissões e, à uma hora da manhã, os dois conversavam animadamente.

    As mãos compridas e delicadas de Surama tocavam de leve as cordas de uma cítara. Era uma antigüidade que o pai trouxera ao palácio, e a jovem Ventrue a empregou para fazer música, exibir-se e dar início a um diálogo íntimo e especulativo sobre antigüidades bengalesas.

    Hesha ria, sorria, elogiava os talentos da jovem e os tesouros de sua terra natal. Por trás da máscara de civilidade, ele acompanhava os ataques e as fintas da magnífica criatura, como se ela duelasse com espadas em vez de perguntas.

    Ela estava verificando a história dele, provavelmente sob as ordens de Lorde Abernethie. Também estava curiosa, pois a corte nada sabia sobre os três presentes do Setita. Estava tentando, pobre criança, seduzi-lo...

    — Surama, minha querida!

    Uma mulher de olhar desvairado, com cabelos grossos, emaranhandos e revoltos invadiu dramaticamente o recanto onde os dois se encontravam.

    — A serpente já virou você pelo avesso?

    O sári acetinado da mulher era verde e branco; as jóias, de jade e prata.

    — Seu pai jamais, jamais deveria ter deixado você sozinha com um homem tão... perigoso.

    A “filha” do Príncipe olhou para a recém-chegada com uma irritação rapidamente dissimulada.

    — Nomoshkar, Lady Birla. Permita-me apresentá-la a Hesha, um convidado inesperado. Hesha, esta é Lady Archana Birla, nossa anfitriã esta noite.

    — Sssseria verdade, Hesssssha, o que dizzzzzem dos Ssssetitasssssssss?

    — Depende do que dizem, Lady Birla.

    — Ah, me chame de Archana, querido... como fazem todos os adultos...

    A Malkaviana pousou a mão cheia de anéis no ombro de Surama.

    — É verdade — ela continuou, em tom de confidência — que a coisa é bífida? Ah, perdão, pequena rani. É claro que me refiro à sua língua, Hesha.

    O Setita sorriu e dois minúsculos pontos rubro-negros projetaram-se entre seus lábios.

    — Você consegue falar com os dois lados ao mesmo tempo? — Archana gargalhou alto. O som era agudíssimo. — Você deve beijar muito bem... e assobiar, então!

    Ela se sentou ao lado de Surama, tão perto que Hesha sentiu-se constrangido pela jovem Ventrue, e pôs-se a balançar para frente e para trás num acesso de riso. Ninguém olhava para eles; a louca aparentemente tinha o hábito de fazer aquele tipo de cena.

    Em meio a tanto barulho, Hesha avistou um adolescente na multidão. Respeitosamente, a figura esguia e esquelética dirigiu-se ao local em que os três estavam sentados: Hesha, pacientemente; Surama, com nobre resignação; Archana a encher o recanto com risadas estridentes e alegres

    — Lady Birla... — a voz do rapaz atravessou o riso esbaforido — Seus convidados na sala de bilhar chegaram a um impasse. Requerem a presença de Vossa Alteza para resolvê-lo.

    — Ah, sim, sim, Michel. Muito obrigada. — Archana se levantou. — Com sua licença, Hesha. Surama, trate de fazer as honras. Quem sabe se você soltar um pouco o vestido e dançar...

    A menina tinha sangue suficiente para corar de raiva.

    — Mas eu preciso ir. Nós, os aristocratas, temos nossas obrigações.

    O garoto tomou o lugar de Lady Birla no banco, mas se manteve a uma distância respeitável de Surama.

    — Ignore-a, Rani — disse o recém-chegado à guisa de encorajamento. — Ninguém se importa com o que ela diz.

    — Obrigada, Michel — Surama disse afetuosamente.

    Michel, desconcertado, fitou o chão.

    — Foi um prazer livrá-la desse aborrecimento, Rani... Ah, seu pai está procurando por você.

    — Verdade?

    A filha do Príncipe despediu-se de Hesha e sumiu entre os convivas. Os olhos de Michel acompanharam-na, cheios de desejo. Sua expressão era o retrato fiel de seus sentimentos. Baixinho, em curdo arcaico, ele disse:

    — Que diabos você está fazendo, revelando-se dessa maneira? — A inflexão sugeria uma poesia inconsolável.

    — O tempo é precioso — Hesha respondeu na mesma língua.

    — O profeta favorito de Typhon tem pressa. — O velho mago Tremere, um devedor de longa data de Hesha, balançou a cabeça. — Não acredito. — Ele suspirou alto. — Só para você saber, velho amigo... Sou o neófito mais inexperiente — não mais que vinte anos de não-vida — já enviado aqui pela Capela de Nova Delhi. Desde que cheguei, tornei-me o escravo dedicado da pequena rani.

    — Farei o possível para reforçar essa idéia — disse o Setita.

    Michel apanhou a cítara que Surama deixara sobre o banco.

    — O que você quer que eu faça?

    — Quero que localize a fonte de um certo poder. Depois, diga-me onde encontrá-la.

    — Hmm. — Michel começou a tocar uma canção de amor. — Apresse-se, já que está com pressa, e passe-me os detalhes antes que ela volte.

    — Ela não vai voltar.

    — Por quê? — O feiticeiro olhou de relance para o companheiro. — Desculpe. O velho Hesha “uma mão lava a outra” de sempre. Deixe-me ver... Lorde Abernethie tem um fraco por menininhas... Menininhas bem jovens.

    — A filha de Lorde Abernethie, Rani Surama, é uma jovem sanguessuga ambiciosa que escolhe muito mal os amigos. Trouxe comigo a prova de sua traição.

    Michel o encarou.

    — Eu não entraria em contato com você sem providenciar à boa Corte um espetáculo mais interessante enquanto conversamos — disse simplesmente o Setita.



    [Conteúdo retirado do Livro Novel Setitas]
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    Mensagem por NPC Sáb 27 Set 2014 - 3:38

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