Fórum dos Presas de Prata

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    Mensagem por Lizandro Zethus Qua 7 Jan 2015 - 21:21

    Nome do Personagem: Lizandro Zethus DiGaddara
    Nome Real: Zethus de Tebas
    Nome do Jogador: Luã Mota
    Natureza: Crítico
    Comportamento: Diletante/Intelectual
    Clã: Toreador
    Geração: 5ª
    Abraço: 1142 D.C.
    Idade Aparente: Final da casa dos 20
    Refúgio: Mansão DiGaddara (Virtual City)
    Conceito: Mestre de Harpias
    Senhor: Amphion


    Atributos - Físicos

    Força: 1
    Destreza: 3
    Vigor: 2

    Atributos - Sociais

    Carisma: 4 (Gracioso)
    Manipulação: 4 (Convincente)
    Aparência: 5

    Atributos - Mentais

    Percepção: 3
    Inteligência: 3
    Raciocínio: 3

    Habilidades - Talentos


    Prontidão: 1
    Esportes: 1
    Briga:
    Esquiva: 1
    Empatia: 4 (Ganhar Confiança)
    Expressão: 2
    Intimidação: 1
    Liderança: 1
    Manha: 1
    Lábia: 4 (Simular Mortalidade)

    Habilidades - Perícias

    Empatia com Animais:
    Ofícios: 1
    Condução: 1
    Etiqueta: 4 (Sociedade dos Membros)
    Armas de Fogo: 3
    Armas Brancas:
    Performance: 4 (Harpa)
    Segurança:
    Furtividade: 1
    Sobrevivência: 1

    Habilidades - Conhecimentos

    Acadêmicos: 3
    Computador: 1
    Finanças:
    Investigação:
    Direito:
    Lingüística: 2 (Francês, Inglês)
    Medicina:
    Ocultismo: 4 (Cultura da Família)
    Política:
    Ciência:

    Antecedentes

    Geração: 8
    Influência: 3 (Política Local)
    Lacaios: 2 (Bukket e Dimitri)
    Rebanho: 2
    Recursos: 5
    Status na Camarilla: 4 (Mestre de Harpia)
    Prestígio de Clã: 4 (Arteiro/Crítico de Arte)
    Fama: 2


    Disciplinas

    Presença: 5
    Auspícios: 4
    Fortitude: 1
    Rapidez: 1


    Virtudes

    Consciência: 3
    Autocontrole: 3
    Coragem: 4


    Humanidade: 7

    Força de Vontade: 10

    Temporários: 9


    Mote: "A Língua é mais afiada do que a Estaca - E duas vezes mais Fatal"


    Fraqueza de Clã: Quando um Toreador experiencia algo verdadeiramente notável – uma pessoa, um objeto d’art, um belo nascer do sol – o jogador precisa fazer uma rolagem de Autocontrole ou Instintos (dificuldade 6). Uma falha significa que o vampiro se vê encantado com a experiência. O Toreador deslumbrado não pode agir pela duração da cena, além de comentar ou continuar seu envolvimento com seja lá o que for que tenha atraído sua atenção. Se a experiência não mais afetá-lo (se movendo, sendo destruído ou o que for apropriado para a situação), a captação termina. Toreador arrebatados não podem sequer se defender se forem atacados, apesar de ser ferido lhes permite fazer uma outra rolagem de Autocontrole ou Instintos.

    #Qualidades:

    Aura Enganosa:

    Imunidade ao Laço de Sangue:

    Voz Encantadora:

    Rosto de Bebê:


    Senhor de Prestígio:

    Reputação:
    Harpia:

    Mansão:

    Conexão Com os Meios de Comunicação:

    Blasé:

    Dotado:

    #Defeitos:

    Exclusão da Presa:

    Sangue Potente:

    #Descrição de Antecedentes

    Descrição de Antecedentes:


    Pontos de Sangue: 39/40

    Pontos de Sangue gastos por turno: 8



    Aprendizado

    [Personagem Jogador Lizandro Zethus DiGaddara Estuda/Treina: Disciplina Rapidez nível 2   2/7 Posts]

    [Personagem Jogador Lizandro Zethus DiGaddara Estuda/Treina: Disciplina Fortitude nível 2  2/7 Posts]


    Última edição por Lizandro Zethus em Ter 13 Jan 2015 - 14:29, editado 1 vez(es)
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    Lizandro Zethus DiGaddara - PC Empty Re: Lizandro Zethus DiGaddara - PC

    Mensagem por Lizandro Zethus Qua 7 Jan 2015 - 21:30

    Background: 47 Cordas – O Definhar da Rosa e o Nascer do Espinho


    I Parte – Gênese


    18 de Agosto de 1999, em algum lugar da França – Era quase noite quando a equipe do professor Guillaume Giovanni terminara de montar os equipamentos da escavação. O professor não aparecera o dia todo. Seus carniçais haviam feito o trabalho pesado e ele logo despertaria de seu sono, horas depois do anoitecer. Carmelita Neillson, a prodígio Toreador, amiga íntima do professor, foi a primeira a despertar de seu sono. Ela verificou as instalações e ordenou que tudo estivesse pronto até às 22 horas. O professor Guillaume não gostava de atrasos. Seu trabalho era minucioso e precisaria de todo o tempo possível. Com o passar das horas, a lua era imponente no céu. As ruínas da antiga catedral submergida em poeira e destroços, agora podiam ser vislumbradas com uma clareza ímpar. A equipe de Neillson tinha feito um trabalho excelente. Na hora certa, o professor Guillaume e a Srtª Neillson adentraram o interior da Catedral.  Era escuro para um mortal, mas ambos tinham artifícios para enxergar muito bem. Os Carniçais de ambos os Cainitas faziam guarda na entrada e somente uns poucos entraram junto. A estrutura era antiquíssima: Uma gigantesca catedral de uma época ainda não estipulada, mas datava de antes de cristo. Provavelmente era pagã, pois os traços cristãos eram ausentes. Abaixo do gigantesco altar, Guillaume pôde ver claramente a entrada da cripta. Talvez as explosões tivessem aberto a passagem sem que os Cainitas tivessem que descobri-la por si só. A poeira encobria praticamente tudo o que existia abaixo da estreita entrada. A entrada da cripta revelava um gigantesco salão que se estendia por todo a extensão da Catedral. O piso era de um tipo de mármore negro. As paredes eram rochosas e o teto era escuro o suficiente para esconder uma pintura secular, a qual não passou despercebida aos olhos dos Cainitas sagazes. No centro da gigantesca sala repousavam 4 caixões, os quais eram marcados com uma heráldica bastante familiar aos arqueólogos. Possivelmente representavam seus Clãs, ou talvez suas linhagens. Guillaume sacou sua lanterna. Fogo não era o tipo de coisa que um membro secular gostaria de ver ao acordar de seu sono. O professor focou nos objetos. Três deles encontravam-se abertos. Apenas um continuava fechado. A Srtª Neillson irrompeu o silêncio:

    “- Nada parecido com quando encontramos o paradeiro de Madame Katherine de Montpellier. Estes parecem ser menos solitários que a Bela. Provavelmente são crias do mesmo senhor e dormem e acordam em ciclos. Como se um reinasse unicamente sozinho”.

    O professor assentiu com a cabeça, mas raramente concluía algo. Ele caminhou até os caixões vazios e constatou que estavam cobertos de pó. O que quer que tivesse deixado seu descanso, havia feito há muito tempo. Sem esperar muito, o professor Guillaume dirigiu-se até o caixão do canto superior direito. Estava lacrado, intocável. Nele havia uma única inscrição legível: “IV”; seguido de uma heráldica conhecida muito bem pelo historiador. Aquele brasão coberto de rosas era um dos mais belos, senão o mais belo entre os treze feitos naquelas noites. Rezava a lenda que um Malkaviano havia despertado a ira de Raphael de Corazón ao desenhar os 13 brasões, numa época que antecedeu a segregação das Seitas.
    “- Um Toreador” – Gemeu o professor.
    “- Quatro! E este que dorme é a quarta cria de uma linhagem. Provavelmente o único vivo, ou pelo menos, o único a dormir”
    – Concluiu a prodígio do Clã.
    A Srtª Neillson lembrou-se de sua conversa com Madame Katherine, mas ela não havia comentado sobre as crias de Amphion, o Matusalém. No entanto, Neillson havia descoberto em textos da época que o próprio Matusalém havia se tornado uma cria de Ishtar contra a sua vontade e que, após o abraço, perdeu seus laços com a família e havia abraçado três indivíduos. Três, não quatro. O quarto membro no salão era, evidentemente, uma cria de Amphion. Os símbolos eram claros. O número, a heráldica, tudo. Era talvez um dos momentos mais célebres de sua carreira e com certeza Madame Katherine ficaria imensamente feliz em saber que um antecessor de sua linhagem estava ainda vivo, apesar de em sono profundo. Enquanto o professor Guillaume analisava o exterior do caixão, a astuta Toreador sacou uma faca e aproximou-se do caixão. Numa fração de segundos ela havia descolado completamente a tampa. Era bem pesada, mas com o poder de sua Vitae, ela conseguiu removê-la. O atrito da tampa com a borda do caixão fez com que a poeira em seu interior emergisse. A visão de ambos ficou turva por alguns segundos, mas logo recobraram a visão, vendo claramente o que havia dentro do caixão. A Srtª Neillson pegou de sua mochila uma única bolsa de sangue. Rompeu a bolsa com suas presas e a derramou na boca do Cainita jazido no caixão. O professor Guillaume e a Toreador observavam enquanto a pele ressecada ia tomando forma e revelando os traços mais belos que ambos haviam visto em suas não-vidas.
    Seus olhos se abriram, revelando um azul intenso e frio. Sua boca era vermelha e sua pele branca. Seus cabelos começaram a tomar forma, revelando cachos dourados. Seu corpo era uma verdadeira obra de arte, parecia ter sido esculpido no próprio marfim. Por fim, ele levantou-se e velozmente, apoderou-se de um dos servos do professor, sugando-o até quase desfalecer. Sua voz doce e delicada, irrompeu o silêncio.
    “- Quem ousa despertar-me do meu sono?! Ora, não fazem mais membros como antigamente. Digam-me, trouxeram roupas para cobrir meu corpo? Águas perfumadas e incenso?”

    Sua voz passeava pela cripta. Apesar de doce, era imponente e imperativa. O Professor Guillaume sorriu e acenou com a mão para um de seus carniçais. Ele esperava por isso.
    “- Desculpe minha indelicadeza, Senhor. Eu trouxe vestes apropriadas. Espero que goste.” – Disse Guillaume, reverenciando o Ancião enquanto entregava-lhe uma peça de seda negra.
    “- Ora, mas que francês grosseiro e promíscuo. Onde o aprendeu?! Em alguma província francesa?!”
    O Ancião aceitou as vestes. Em seguida, derreou seu dedo a altura do queixo do professor, erguendo-o até que este levantasse de sua reverência.
    “- O que motivou duas crianças da noite a virem ao meu encontro? Por um acaso desejam meus sangue? Meu corpo, talvez! Ou quem sabe, meus segredos...”

    O professor e sua compassa estavam totalmente extasiados com tamanha beleza e elegância do Toreador. Mal conseguiam manter-se na presença do mesmo. As gerações que os separavam eram suficientes para fazer qualquer Disciplina do Ancião funcionar com tamanha eficácia que eles não teriam tempo para se eximir de sua presença. A Srtª Neillson deu um passo à frente.
    “- Meu senhor, procurávamos pelas crias de Amphion e chegamos até essa Catedral. Não imaginávamos que apenas o senhor estava sepultado aqui. O despertamos pois temos interesse em seus conhecimentos. Somos estudiosos nodistas.”

    O Ancião ponderou. “- Nodistas. Pensei que já tivessem desistido dessa tolice de saber o que houve antes dos Antediluvianos. Pois bem, em retribuição à serventia de vocês, vos darei uma pequena parcela do que sei.”

    O Ancião sentou-se em um dos caixões, espremendo uma última bolsa de sangue em sua boca.

    “- Para início de conversa, vocês devem saber com quem estão falando. Meu nome verdadeiro se perdeu nas areis do tempo, mas desde a era Vitoriana eu me chamo Dom Lizandro Zethus DiGaddara, Cria de Amphion, que por sua vez foi Cria de Ishtar, ou Toreador, como vocês deve bem saber...”

    Lizandro fechou seus olhos por alguns instantes e foi como se ele vivesse novamente aqueles anos que antecederam seu despertar. Ele então contou a história mais bela que aqueles membros haviam escutado.

    ***

    Bukket chegou em casa e jogou sua bolsa por entre a bagunça de sua sala. Sentou em seu sofá e relaxou seus pés por sobre a mesa de centro. Pegou seu notebook e abriu seu e-mail. Lá estava. Uma mensagem de sua companheira Carmelia Neillson.

    “- Segue em anexo o texto que eu adaptei do depoimento do Ancião Lizandro Zethus DiGaddara. Espero que goste do relato.”


    Att. Carmelia Neillson.


    Ele então abriu o arquivo de texto e debruçou-se sobre as almofadas. Seria uma leitura extensa.

    “Seu verdadeiro nome é um enigma até mesmo para ele. Dormir e acordar seguidas vezes faz das memórias de um Cainita um turbilhão de imagens, que por ventura, podem se misturar a sonhos e anseios. Mas podem chama-lo de Lizandro. Ele mesmo adotou este nome após a Era Vitoriana. Lizandro Zethus DiGaddara teve sua origem onde um dia foi Tebas. Não a Tebas dos egípcios mas sim a Tebas grega. Ele era um notório harpista. Notório não só pelo seu talento, mas também pela sua beleza ímpar. Um homem desejado por todas as mulheres de sua época – e consequentemente, por todos os homens. Durante sua vida enquanto humano, ele era almejado por homens poderosos afim de usarem seu talento para alegrar as festas da corte, bem como para usarem seu corpo para os seus desejos carnais. Lizandro tinha sua beleza e seu talento como um presente dos Deuses. Mas seu verdadeiro presente logo chegaria. Certa vez, em uma de suas aparições ao público, Lizandro chamou a atenção de um homem distinto, o qual ele nunca havia posto os olhos. Lizando encantou-se pela beleza e fascínio de seu observador, mas não sabia que havia reciprocidade em sua admiração. Ele apresentou-se como Amphion e convidou Lizandro para representa-lo em um grande festival de Artes, no qual ele deveria tocar seu instrumento com perfeição incontestável. O jovem harpista, seduzido pelas palavras do desconhecido, aceitou. Carnavalle. Esse era o nome do famoso baile. A cada 23 anos, os membros da mais alta estirpe do Clã Toreador expunham suas mais belas aquisições num grande festival de sangue, beleza e luxúria. O eleito como o mais talentoso, ganharia o Abraço e seu senhor seria lembrado por todos. Lizando tocou como jamais havia feito antes. Seus olhos mantiveram-se fechados durante toda a sua performance. Os Anciões vibravam de êxtase durante a execução de sua composição. Ao fim, Centenas de Toreador estavam extasiados e totalmente a mercê do harpista. Amphion então, cumprindo com o dogma do festival, concedeu ao seu convidado um presente digno de sua performance. A chance para imortalizar aquele talento. O que alguns membros não sabiam era que Amphion era na verdade, Cria da própria Ishtar. As guildas Toreador encheram-se de burburinhos e a cria do Matusalém foi ovacionada de todas as formas, até mesmo nas menos dignas. Lizandro foi levado à Paris, onde aprendeu praticamente tudo sobre seu Augusto Clã com seu senhor- e dizem as más línguas, amante –, o Matusalém Amphion. Obviamente, Amphion possuía outras Crias, mas Lizandro simplesmente não fez questão de falar sobre elas. Só sabe-se que um deles abraçou uma bela mulher chamada Katherine de Montpellier, a qual Lizandro ainda possui alguma estima. Saindo de Paris, Lizandro passou por Notredame, onde aperfeiçoou sua crítica em Artes e construções da época. Junto de Madame Katherine, supervisionou a construção da Catedral de Notredame, onde viveu um punhado de anos. Após o reinado da Rainha Vitória e o fim de uma época de belas artes, Lizando mudou-se para Londres, onde dominou mais um idioma. Viveu por lá durante algumas décadas, exercendo papeis políticos importantes para a Família. Em 1899, entrou em torpor após uma terrível invasão ao seu território. Seu inimigo, um Tzimisce frustrado, jurou ter o matado, mas um de seus servos o levou à cripta onde supostamente seus irmãos dormiam. O próprio Amphion havia construído o local antes de sumir da face da terra. Por cem anos ele descansou nas profundezas da Catedral. Então, em agosto de 1999, uma equipe de arqueólogos nodistas encontrou a cripta o reanimou do torpor. Desde então ele dedicou seu tempo a reaver seu Status junto à Camarilla e aprender tudo aquilo que perdera durante seu sono. Após seu despertar e a reinserção na sociedade Cainita, Lizandro tomou posse de diversos cargos importantes, abstendo-se deles por volta do ano de 2010. Recentemente, à pedido de um grande conhecido de seu Clã, Kláus Müller, atual Príncipe de Virtual City, ele aceitou o cargo de Mestre de Harpias da cidade. ”

    Bukket coçou os olhos e sorriu. Após alguns anos de pesquisa, ela finalmente terminara de investigar a vida dele. Um bipe quebra sua linha de raciocínio: “Um Novo E-mail de Zethus”. Bukket arregalou os olhos e abriu a mensagem.

    “Caro Senhor Bukket,


    Receio que tenha recebido os informes do prodígio de meu Clã, a Srtª Neillson. Sem muitas delongas, desejo vê-lo. Sei de seus talentos em literatura erudita e fluência em diversos idiomas. Até breve.


    Lizandro Zethus DiGaddara”



    O letrado fechou seu notebook e caiu como uma pedra em seu sofá. O frio lhe invadiu completamente. Era um misto de medo e excitação. Bukket pegou seu celular: 06 de agosto de 2014. Ele nunca esqueceria essa data. A partir daqui, tudo mudaria.

    Parte II – Êxodo

    Passava das oito da noite quando a limusine estacionou em frente ao prédio de Bukket. Ele não sabia exatamente o que vestir. Um fraque, um terno, um jeans. Ele então colocou uma calça preta de linho e uma camisa preta, com mangas ¾. Estava frio, então ele pegou um sobretudo. Pegou seu celular, suas chaves e desceu até a recepção do condomínio. Deixou suas chaves lá e seguiu até o luxuoso automóvel. Um homem alto, vestido com um terno preto, abriu a porta de trás, sorrindo gentilmente para Bukket. Ele adentrou.

    Ao chegar na imensa mansão, ele deparou-se um com algo que julgava ser uma das maravilhas do mundo, ou pelo menos deveria ser: O Jardim. Era totalmente coberto de rosas vermelhas e as plantas possuíam cortes exóticos, em forma de vibrantes animais. Na verdade ele não esperava menos de um Membro tão... extravagante. Ao chegar em frente à Mansão propriamente dita, o chofer parou o veículo e abriu a porta para que Bukket saísse. Ele ergueu-se em frente à imponente construção e observou as luzes do lugar. Por dentro era totalmente iluminada, diferente de como os contos de vampiros mencionavam. Ele subiu a escadaria e as portas se abriram, revelando um salão ofuscante de tão claro. O hall principal era coberto de belas obras de arte: Quadros, esculturas, instrumentos. Era tudo muito lindo. Um gigantesco lustre iluminava toda a sala de estar. Ao fundo, ele pode ouvir um som vindo de um instrumento de cordas. Era o som mais belo que seus ouvidos mortais já haviam escutado. Bukket caminhou até uma segunda sala, à medida que o som da música se tornava mais e mais resoluto. Ao adentrar, a música cessou e logo uma bela voz pôs-se no lugar da melodia.

    “- 47 cordas. São apenas 47 cordas para se conseguir uma melodia tão perfeita. De todos os instrumentos, apenas este consegue arrancar minha completa admiração.”

    Bukket olhou no fim do gigantesco salão. Lá estava o próprio Lizandro, sentado em um suntuoso banco dourado, tocando uma harpa banhada a ouro. Sua pele branca, mas não cadavérica, contrastava com suas vestes vermelho sangue. Seus olhos eram de um azul vivo, fugaz. Suas mãos eram delicadas ao tocar as cordas do instrumento. E sua beleza... Era muito superior a qualquer outra dádiva daquele Cainita.

    Lizandro deixou sua harpa de lado e pôs-se de pé, caminhando lentamente até Bukket. Enquanto andava, parecia flutuar. Sua voz fazia o mesmo no eco do grande salão.

    “- Vejo que tentou agradar ao se vestir. Não precisava se preocupar. Talvez eu até goste da forma como comumente se veste. É uma vertente artística que eu ainda não domino com perfeição. Os anos atuais trazem modas difíceis de se aceitar. Meu caro Bukket, eu não esperava menos de você. Nem mais... Um humano. Tão frágil em sua essência, mas tão rígido e voraz em seus versos. Li o que escreveu e digo-lhe: Você tem potencial. Prova disso é que estou recebendo-lhe em minha Mansão esta noite.”

    Bukket tremia e suava como nunca. Ele sentia algo indescritível na presença de Lizandro. Apesar de já ter estado na presença de diversos Membros, desta vez era diferente. Lizandro continuou.

    “- Bukket, eu desejo seu talento, mas não sei se você merece minha bênção. Entretanto, isso é algo que apenas o tempo dirá. Sendo assim, gostaria de convidá-lo a se juntar a mim durante tempo indeterminado. Seria muita indelicadeza de minha parte se eu obrigasse, por isso estou dando-lhe a chance de ponderar sobre minha proposta. Minha Vitae pode conceder-lhe muitos benefícios enquanto estiver ao meu lado, e se bem sei, você sabe que em alguns meses deixarei Londres.”

    Bukket ficou alguns poucos instantes pensativo. Seu semblante era um misto sublime de medo e desejo. Bukket sorriu em seguida, ele havia tomado sua decisão. O Cainita sorriu de volta, chegando cada vez mais perto de Bukket. Lizandro então expos seus longos caninos e mordeu seu próprio pulso, oferecendo-lhe ao humano, cujos olhos brilhavam com um ímpeto singular. Bukket provou da Vitae de Lizandro por três noites, estabelecendo um Laço de Sangue com o Ancião.

    ***

    As semanas seguintes foram de adaptação e aprendizagem. Lizandro era um poço de sabedoria, pompa e nobreza. Bukket sentia-se completo ao lado de seu senhor. Ele não enxergava sua vida como uma servidão infinita, mas sim como um eterno regozijo ao lado daquele que sobrepujara a apoteose. Não demorou muito para que ambos mudassem-se para seu novo lar. Recebendo ao convite de Kláuss Müller, um prestigiado membro do Clã da Rosa e atual Príncipe de uma cidade nos EUA, Lizandro partiu com Bukket e seu guarda-costas, Dimitri, rumo à Virtual City. Lá ele já havia estabelecido moradia e contatos, os quais foram adquiridos com alguns meses de intenso trabalho de ambos. Era apenas o primeiro dedilhar de um Réquiem perfeito.
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    Lizandro Zethus DiGaddara - PC Empty Re: Lizandro Zethus DiGaddara - PC

    Mensagem por NPC Qui 8 Jan 2015 - 7:01

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