[Jack Walker] Até onde vai a Toca do Coelho?

É cedo. O ceu esta nublado, o ar gelado.

Jack Walker estava deitado em sua cama, dormindo após mais um longo e exaustivo dia de trabalho. Não se passara nem uma semana depois do "ocorrido". As crianças, o maníaco, as mortes brutais das vítimas e do algoz. A imprensa elegera o caso como o assunto da cidade: a todo momento, relatos chocantes dos envolvidos vinham a tona. Entrevistas irritantes com familiares, funcionários escolares, policiais.
A garota salva havia se mudado com sua família após o ocorrido. Apenas imaginar o que o impacto de todos os acontecimentos trouxe a ela causava um desconforto no detetive. Há coisas que podem marcar uma pessoa pra sempre, ainda mais uma criança.

A investigação seguia. Teria Andrew cúmplices? Alguns depoimentos insinuaram a participação de mais alguém, mas todos os avanços até o momento se mostraram infrutíferos. Se há mais um assassino, não havia deixado pistas. Não levaria muito tempo até que a Mídia começasse a falar sobre e a Polícia começasse a passar de incopetente. Os Conservadores utilizavam isso para exigir mais força por parte da Polícia e dizer porque "bandido bom é bandido morto".
Simultaneamente, algumas ONG's de Direitos Humanos começavam a questionar a brutalidade da morte do Serial Killer e levantar um possível ato da polícia. Vozes já pediam investigação interna dos envolvidos, isto é, do próprio Walker.

Adam havia piorado. Seja lá o que tinha acontecido, a mente dele não suportara. Chegou a tal ponto que foi necessário interná-lo. Isso há 2 dias. Balbuciava palavras sem sentido, ou mesmo frases de pura insanidade.

A luz do raiar do novo dia atravessa a janela, marcando o nascer do Sol. E com ela, o celular de Jack começa a vibrar incessantemente em cima da cômoda ao lado da cama.

Não é fácil a vida de policial.

Estava deitado no terceiro sono. Com um cinzeiro na comoda ao lado da cama cheia de cigarros apagados, o telefone que Jack estava considerando seriamente em desligar para poder ter pelo menos uma maldita noite de sono e a TV ligada em algum canal aleatório que esqueceu ligada por que dormiu.

O despertador o faz rolar na cama algumas vezes antes de bater em cima do aparelho para fazer o barulho e a voz robótica anunciando o horário pararem. Enquanto fazia sua rotina básica ou seja, tomar um banho, comer algo e se arrumar para o trabalho, o ocorrido ainda estava bem vivido em sua mente.

Andrew o “Peleiro de Saint John” está indubitávelmente morto...tão morto quanto um morto consegue ficar. E mesmo assim as coisas estão mais fodidas do que antes. Não aguenta mais ratos da midia perguntando o que aconteceu. Se soubesse o que aconteceu não estaria tão puto.

Idiotas republicanos usando o caso aqui como desculpa para exigir que a Policia de Saint John vire os inquisidores e ao mesmo tempo o pessoal oposto falava que de algum modo o fato de um cara adulto ter sido despedaçado e rasgado em mil pedaços por algum maldito animal era de algum modo culpa de Jack e Adam.

E para acrescentar uma cereja no bolo, Adam está definitivamente pior, o que começou como licença médica virou internação.

Logo o celular também toca, Jack acabava de ajeitar a gravata antes de pegar o celular de cima da escrivaninha, olha o numero antes de atender.

- Alou?

- Walker, não demore da próxima vez para atender a porra do telefone!

Era o Tenente Hoffman.

- Preciso que você vá para uma ocorrência agora. - Diz, informando o local em seguida.

- Me mantenha informado.

- Se eu soubesse que estaria tão feliz em ouvir minha voz teria atendido antes. O que foi?

*Fala enquanto enxe um copo de água e vira tudo. É claro que era uma ocorrência, Hoffman não ligaria por outra coisa. Vai andando até o quarto enquanto ele fala e passa a mão em um bloco de notas onde começa a anotar o endereço.

- Aham...certo...também te amo.

*Desliga o celular e dá uma olhada no que pode precisar. Sua arma? Nunca sai de casa sem ela. Pentes extras? Obviamente. Lanterna? Geralmente fica fora até tarde, fora que tem um karma em acabar em lugares escuros e nada convidativos, sempre leva ela no bolso do sobretudo. Cigarros? Ei um cara tem que viver não? Isqueiro? Sempre. Tanto para acender os cigarros quanto para o caso da lanterna falhar.

*Sua disposição matinal? Bem...não pode levar o que nunca teve. Já arrumado e pronto, pega seu sobretudo no porta casacos perto da porta onde guarda a lanterna, o isqueiro e uma caixa de Lucky Strikes, a pistola está no coldre e os clipes extras no bolso da calça onde é fácil tirar e o distintivo está em seu pescoço preso por uma corrente.

*Desce o elevador do prédio até seu carro onde sempre deixa a escopeta com uma caixa de balas e um colete a prova de balas lá, para o caso de precisar de chumbo pesado e de estar certo que encontrará pessoas com um humor pior que o seu. Se dirige até o endereço indicado por Hoffman...

Walker segue para seu carro e se encaminha para o local indicado.

Devido a alguns problemas com o trânsito, Jack acaba por levar cerca de 30 minutos para chegar. E a cena não era uma das mais bonitas.
A polícia já havia isolado a área. Ao todo, apenas com uma olhada rápida, podia contar uns 8 policiais , cordão de isolamento e dezenas de pessoas a volta, entre curiosos e jornalistas.

O dia seria cheio.

*Ao chegar no lugar percebe as dezenas de jornalistas e pessoas morbidamente fascinadas por ex seres humanos. No carro acende um cigarro e dá uma boa tragada antes de sair do carro e se dirigir para o lugar, passando pela imprensa polidamente cagando e andando para suas perguntas inconsequentes e problemas hipotéticos.

*O distintivo em seu pescoço fora a parte de que bem...trabalha no DP são o bastante para deixa-lo passar. Logo tenta achar quem tá organizando o negocio todo e vai até ele.

- Pronto to aqui...deixa eu adivinhar...temos um presunto?

Jack caminha para a cena do crime. Como de costume, uma meia dúzia de jornalistas vão fazendo pergntas, mas logo ficam para trás após passar pelo cordão de isolamento.

Ao abordar o policial responsável, aparentemente novo na área, ele informa.

- Ainda não sabemos quantos são.... - diz, com uma cara de enjoo.

- A perícia já está a caminho. Se quiser dar uma olhada, mas não tá legal a cena... - diz indicando com a cabeça o beco isolado.

- Relaxa parceiro. *Dá um tapinha no ombro dele enquanto passa por ele* – Fica pior...

*Olha na direção do beco isolado e joga a bituca do cigarro no chão e pisa, não quer contaminar a cena do crime com cinzas de cigarro. O policial que fala com ele parece bem novo na área, provavelmente desacostumado a ver as cenas nada agradaveis que Jack já parou de ligar.*

- Meu irmão semana passada eu fiquei correndo atrás de um retardado que esfolava menininhas vivas...acho que dá pra lidar com isso.

*Segue para o beco...*

A cena que se apresenta ao detetive é meio difícil de compreender a primeira vista, mas logo começa a fazer sentido. A sensação de choque inicial é inevitável. Diante de si, era a mais profunda irracionalidade.

Eram partes de pessoas por todo lado. Braços, pernas, tripas e sangue. Pelo número de cabeças, deviam ter no mínimo 4 mortos, mas talvez houvessem mais.

O cheiro extremamente forte penetrava com violência nas narinas de Walker. A essa altura, dezenas de moscas marcavam sua presença no ambiente. As paredes totalmente manchadas. Toda a zona do crime poderia se estender por um espaço de 10 metros por 4 de largura.

Inclusive, uma das cabeças se encontrava próxima do detetive, logo na entrada do beco...e era claramente de uma garota de não mais que 20 anos.

*Não controla o espanto ao ver as pessoas literalmente espalhadas pela cena. Era quase igual ao que aconteceu com o Peleiro.

- Não...me...fode…

*Acende um cigarro na hora, tanto para acalmar um pouco quanto pra disfarçar o cheiro insano de sangue no lugar.

- Só queria uma semana sem um psicopata...só uma semana…

*Observa a cabeça próxima, obviamente sem pegar nela para não contaminar a cena do crime com suas digitais. Parecia não ter mais de 20 anos e pelo número de cabeças foram quatro vítimas...possivelmente.

*Começa a andar pela cena tentando não pisar no sangue ou em qualquer outra coisa, começa a olhar minuciosamente tudo tentando ver se encontra algo. Se os ferimentos batem com garras e presas como foi com o assassino.

Role Raciocínio + Investigação

Teste Investigação 3 + Raciocinio 3 + 1 (Especialização em cenas do crime) = 7 dados. Dif 8

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Explosão de 10

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5 Sucessos. Role novamente Raciocínio + Investigação para obter mais informações.


Jack caminha por entre a cena do crime, e consegue lê-la quase como um conto escrito num livro.
O total de mortos eram seis. Uma das cabeças estava ao lado de uma lata de lixo. Ainda faltaria uma, mas pela quantidade de braços, já notara que eram seis. Quatro mulheres, dois homens.

Havia uma grande quantidade de marcar de arranhões e de mordidas. Algumas eram maiores, mas notara que em alguns pedaços haviam mordidas menores.

Uma das cabeças possuía um buraco de bala. Possivelmente um revolver. Essa mesma cabeça estava com pedaços de carne na boca.

Um tórax aparecia marcado com 2 tiros.

Um rastro de sangue seguia por cima de um muro, como se alguém ferido tivesse pulado o mesmo. O único problema é que o muro possuía 4 metros de altura, e sem ponto de apoio ou meios de escalá-lo.

As moscas pareciam que se multiplicavam.

Teste Raciocinio 3 + Investigação 3 + 1 Especialização. Dif 8

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Dois sucessos.

Jack consegue observar mais detalhes da cena.

Pela disposição dos corpos, a cena se torna mais horripilante. Um dos corpos, bem no meio do beco e mais próximo de "inteiro", teria sido a primeira vítima. Era um rapaz. Ele possuía apenas mordidas pequenas pelo corpo, nenhuma marca de garras. Os arranhões que tinha indicavam unhas humanas. E a mordida na altura da garganta era do tamanho de uma boca. Ainda sim, estava com a cabeça semi separada do pescoço, um forte rasgo na barriga pelo qual caíam os intestinos e um braço e uma perna separados do corpo.

Todos os outros cadáveres haviam sido estripados por algo maior, que teria vindo pela entrada que Jack percorreu para acessar o beco. Em seguida, o animal saltou por cima do muro.

Eis a cena de brutalidade que o detetive conseguiu interpretar após observar as marcas de sangue e a forma que os corpos se encontravam.

*Começa a investigar a cena, descobrindo coisas bem...curiosas. A primeira vítima tinha marcas pequenas de mordida no pescoço e nenhuma marca de garras. Poderia ser uma mordida humana? Dificil constatar em 100% sem testes periciais. Mas as unhas tem certeza que são humanas e a mordida na garganta o fazia deduzir isso embora não esteja certo.

*Mesmo que seja uma pessoa, o assassino provavelmente é um filho da mãe bem forte para conseguir algo assim com as mãos nuas.

*Os outros parecem terem sido despedaçados por algo muito muito maior. O modo como foram destroçados é compátivel com o ataque de algum animal de porte grande, como um urso ou algo do genero. Mesmo assim alguns pedaços tinham mordidas menores, compatíveis com os da primeira vítima.

*Fora isso um dos toax estava marcado com 2 tiros o que indica com certeza que esses assassinatos tem uma mente humana por trás. Um rastro de sangue seguira por cima do muro como se alguém tivesse pulado, o problema é que o muro tem 4 metros. Nem mesmo um campeão olimpico conseguiria pular isso sem apoio, além disso não existe qualquer animal que consiga pular 4 metros de altura.

*Já sabe como aconteceu. A pergunta agora é quem e por que? Percebe que já não tem mais o que ver e retorna para o policial que falou anteriormente e joga a bituca do cigarro no chão visto que já estava fora da cena do crime e pisa em cima.

- São seis vítimas. As primeiras mais pra saída foram atacadas pelo que parece ser um animal de grande porte, a que ta lá no fundo tem marcas de...mordidas e unhadas humanas. O que indica que nosso amigo maluco resolveu dividir o almoço com seu bichinho de estimação. Ou seja, estamos lidando com um adepto de antropofagia.

*Tira outro cigarro do maço e acende com o isqueiro, até oferece um para o policial, após uma bela tragada continua.

- Você ouviu alguma testemunha? Com certeza alguém na vizinhança deve ter ouvido alguma coisa.  O serviço lá atrás não foi exatamente sutil.

O policial ouve as palavras do detetive.

- Como conseguiu? Só aquele cheiro já me tirou a concentração, cara...

Respira fundo e prossegue.

- Outros policiais ouviram umas três testemunhas. Uma senhora que mora em uma casa aqui do lado disse que ouviu barulhos de briga e tiros. Um rapaz que passava aqui perto falou que mais cedo viu uma movimentação suspeita nas redondezas, umas 3 ou 4 pessoas no beco, mas achou que eram mendigos. E...

Policial faz uma cara de quem não está acreditando.

- Subindo dois quarteirões, um senhor disse ter visto uma alcateia de lobos da janela da casa dele. Mas provavelmente foi uma matilha de cães de rua. Agora, os fatos estranhos não param aí...nessa mesma noite, várias pessoas relataram ataques na vizinhança. Um menino encontrou seu cão estraçalhado. Uma de nossas policiais disse que foi atacada por um bêbado, que mordeu ela na altura do ombro. Essa cidade ta enlouquecendo!?

- Uma hora você acostuma com esse tipo de merda...não sei se isso é bom ou ruim, mas enfim. Três testemunhas hein?

*A parte dos lobos era bem implausivel.

- Lobos? No meio da cidade?. A matilha deve ser de cães, nenhum lobo vem pra cidade, eles tem mais medo da gente do que a gente deles. Mas por outro lado...esse nosso assassino pode não ser tão idiota quanto suspeitei. Não dá pra tirar amostrar de DNA de cães, bem teoricamente dá mas não tem como rastrear. No entanto ele cometeu o erro de dar uma beliscada em um dos corpos.

*Pensava nos motivos do crime. As hipoteses podem variar entre um simples degenerado até uma execução planejada, mas a ultima parece improvável, uma execução planejada seria feita de modo a não levantar suspeitas e do jeito que foi feito suspeito é eufemismo.

- A cidade sempre foi louca meu caro. A coisa é que agora tá dolorosamente óbvio. Eu não acho que o tal bêbado esteja ligado nisso tudo mas não podemos descartar nada até termos certeza. Onde está esse bêbado e essa policial agora?

-Sim, assim que a perícia chegar, vão examinar os corpos...ou o que sobrou. Aí vamos ver essa tal de mordida...meu deus...

Quando indagado sobre o bêbado, ele diz.

- A policial está no hospital. Já o homem que a atacou...sumiu. Colocamos duas viaturas na área, mas ele desapareceu. Não ficou nenhum sinal dele. Nem dele, nem dos envolvidos em pelo menos quatro ataques em vários locais aqui nas redondezas. Não leu os jornais essa manhã, detetive? Os caras insanos atacando bares, bairros e tudo o mais? A estimativa já está em mais de vinte mortos!

- Certo...e essas testemunhas que você disse? Ainda estão por perto? Gostaria de perguntar pessoalmente o que aconteceu. É melhor do que esperar uma eternidade até o laudo pericial sair.

*Coça o queixo pensativo. Será que teria alguma ligação entre o bebado maluco e os caras do beco?

- Bom, duas das testemunhas moram aqui perto. Se quiser, passo o endereço e você vai até as casas deles.

O policial, durante toda a conversa, não desfaz a expressão de abalado.

- Isso seria bom. Aproveitar que estamos por perto e que a memória ta fresca ainda neles.

*Não culpa o policial por estar abalado, a cena é bem grotesca, mesmo na divisão de homicídios não é comum achar um beco que mais parece um açougue humano.*

- Tenta dar uma escapada daqui pra tomar um ar. Não é fácil pra ninguém ver essas merdas. Agora aquele endereço? Não se preocupa eu vou sozinho. Só tenta evitar que furem o perímetro e não perder o almoço.

- 'Cê ta certo...

Em seguida, o policial indica o endereço da casa mais próxima, de uma senhora chamada Margareth Talbot, e um pouco mais pra cima, a casa do senhor Josef Smith.

*Vê o endereço, parecia ser uma casa perto de lá, perto o bastante para ir a pé. Prossegue para o lugar e chegando lá aperta a campainha...

Após uns 2 minutos, a porta se abre e uma senhora aparece. Deve ter uns 70 ou 80 anos. Ela sorri e diz:

- Bom dia meu jovem, em que posso ajudá-lo?

- Bom dia senhora. Eu sou Detetive Jack Walker, da polícia. *Mostra o distintivo* - A senhora é Margareth Talbot? Por gentileza se importa se eu fizer algumas perguntas? Pelo que me disseram a senhora viu ou ouviu algo sobre o que aconteceu lá embaixo. Gostaria de saber se a senhora não poderia por favor me contar sua versão? Qualquer informação pode nos ajudar.

- Ah senhor detetive...eu ouvi uma barulheira, parecia um grupo de amigos. Eles desceram a rua um pouco rápido. Ouvi um grito ou dois, não me lembro, e uns gemidos estranhos. Imaginei que estivessem brincando aqui perto.

Ela sorri e fica quieta um momento, como se tivesse pensando em algo.

- Detetive, então ouvi uns dois ou três tiros, e depois um uivo. Uivo de cachorro, parecido com lobo. Então liguei para a polícia. Talvez tivessem matando um pobre cãozinho.

- Garanto que nenhum cãozinho foi ferido durante essa coisa toda senhora. Você chegou a ver alguém? Ou pelo menos a cara deles mesmo que só pela janela?

*Pensa nas palavras delas. O assassinato não foi por acidente, mas quem sabe a resposta dela pudesse pelo menos identificar as vítimas ou quem sabe o próprio assassino...

- Desculpe, detetive, mas só ouvi isso. Ainda bem que nenhum cãozinho se machucou. Gosto muito de cães.

Ela continua sorrindo.

- Err...é...obrigado por sua ajuda. Com sua licença.

*Resolve ir para a casa da outra testemunha, quem sabe ele possa dar algo melhor...e ser menos amante de cães.

- Tenha um bom dia, seu detetive.

Jack se afasta e segue para a casa da segunda testemunha. Leva aproximadamente 10min para chegar até lá. É uma casinha bem modesta.

O Sol já começa a ganhar força no Ceu. Devem ser umas 9h da manhã.

- Você também senhora. Desculpe o incomodo.

*Aproveita o passeio para observar as condições do bairro, se é de classe media, alta, pobre? Há chances do assassino talvez morar lá, mas é só uma hipotese bem improvável no momento.*

*Ao chegar na casa da segunda testemunha, toca a campainha / toca o interfone / bate na porta e aguarda alguém atender.*

Conforme Jack caminha, é perceptível que todo o local é um bairro de classe média baixa. Muitas casas, pequenos prédios e algumas lojas.

A segunda casa é bem modesta.

Toca a campanhia, mas ninguém atende.

Role Percepção

Percepção: 5 dados.

Jack Walker efetuou 5 lançamento(s) de dados D10 :

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Explosão de 10: 2 dados

Jack Walker efetuou 2 lançamento(s) de dados D10 :

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Três sucessos.

Jack nota algo estranho.

Com o canto do olho, consegue perceber um animal parecendo um cachorro grande, pouco maior que um pastor alemão, se esgueirando pela rua. Ele anda rápido e vira em um beco, próximo a um pequeno prédio.

Ninguém sai da casa para atendê-lo.

*Jack não acredita em coincidencias, sobretudo quando um ser canino imenso anda por uma cena do crime que por coincidencia foi decorada por causa de cães / coisas imensas com presas enormes. Resolve ir até o tal beco, mas mantendo uma distancia segura afinal não quer começar o dia levando pontos no braço.

Jack segue até onde viu o animal entrar. Mas quando se aproxima, vê que é um beco sem saída, e está vazio. Não há nenhum animal, nem mesmo pequeno.

O seu celular começa a tocar. Era o tenente Hoffman.

*Percebe não ter nada...o que é...peculiar. Jura que tinha visto o tal cão, e tem certeza que não está ficando maluco...em tese. Provavelmente se enfiou em algum buraco no muro ou nas paredes, o celular começa a tocar e logo atende.*

- Chora Hoffman.

- Walker, preciso que venha para cá imediatamente, na delegacia. Tenho uma informação urgente sobre o caso para lhe passar. Não demore.

E desliga, sem dizer mais nada.

- Demorar? Nunca... *Diz em um tom obviamente ironico enquanto desliga o celular e volta para o carro, para a ligação ser tão repentina e ele não ter perguntado das testemunhas, a coisa deve ser grande.*

Jack vai para o seu carro.

Mesmo com o Sol lá no alto, ainda é um dia frio.

Walker esta com um mal pressentimento. Como se algo estivesse muito errado em toda essa história.

E de fato estava.

*Não consegue deixar de pensar nessa loucura toda. Primeiro um doente que esfolava crianças, agora um canibal louco que gosta de dividir pessoas ao meio junto com seus cachorros loucos como se estivesse conduzindo a maldita primeira ceia! Ainda por cima uma porrada de pessoas morre de modo que ninguém ouviu...e ainda mais alguém pulando um muro de mais de 3 metros de altura? Espera muito que o que Hoffman vai dizer dê algum sentido a isso tudo...*

Jack se dirige à delegacia.

Chegando lá, havia intensa movimentação. Várias pessoas relatando fenômenos estranhos no dia anterior, brigas, assassinatos, uivos. Todos os relatos se encaixavam em maior ou menos grau com o que ouvira a pouco.

Entrando no prédio e indo para seu andar de trabalho, era possível ver Hoffman em sua sala. Estava claramente nervoso.

*Deixa o carro em sua vaga e segue sem cerimonias para dentro do lugar, mal entra e já começa a ser bombardeado por uma mistura de conversas falando de brigas, assassinatos, algo bem comum, mas é a parte dos uivos que chamavam sua atenção, todos pareciam se encaixar no que acabou de ver e ouvir na cena do crime.

*Avista Hoffman em sua sala, entra na sala pois vê que ele está sozinho e já está nervoso, não é como se fosse piorar.

- Parece que o meu caso ta longe de ser o único...o que descobriu?

- Não é sobre esse caso, mas sobre outro, Walker.

Ele respira fundo.

- A garotinha que você salvou...ela desapareceu. Isso foi noite passada.

*A noticia assaltou sua mente como um golpe de maça desferido por um lutador de MMA*

- Ta de sacanagem comigo!

*Desvia o olhar, pensativo.*

- Não foi o "Monstro", ele morreu, o teste de DNA confirmou...a não ser que...

*Olha para Hoffman, não estava nem um pouco feliz com a noticia, a uma coisa boa que aconteceu nestes ultimas dias foi conseguir pelo menos salvar uma pessoa e não estava disposto a deixar uma menininha morrer só por que alguém resolveu nascer com parafusos a menos*

- Ele podia estar trabalhando com outra pessoa. Nada mais justificaria irem atrás da única vítima que saiu viva. Onde ela sumiu? Onde ela foi vista pela ultima vez!?

Hoffman coloca algumas fotografias sobre a mesa.

- Ela havia sido entregue à seus pais e achávamos que estaria tudo bem, ou pelo menos perto de estar bem, apesar do trauma.

Balança a cabeça, confuso e nervoso.

- Até que a polícia recebeu uma chamada. Um pequeno apartamento na zona sul da cidade. Como pode ver na foto...

A fotografia trazia uma mulher nua enforcada, pendurada no teto, como se tivesse cometido suicídio. Por todo seu corpo havia inscrições talhadas na carne, bem como por toda a parede. Muitas em alguma língua totalmente desconhecida.

- A mãe dela. A menina segue desaparecida. Descobrimos que boa parte dos documentos dela eram falsos. Não sabemos nem mesmo o nome verdadeiro dela.

- E mais: todos os familiares das outras vítimas sumiram da cidade. Não conseguimos contato com nenhum.

Se debruça sobre a mesa, com as mãos fechadas. Ele parecia estar prestes a ter um ataque de nervos.

- Quase todos os arquivos e documentos relativos ao caso desapareceram.