Fórum dos Presas de Prata

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    Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna Empty Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna

    Mensagem por Dark Master Ter 17 Mar 2015 - 1:18

    * A presa havia sido abatida. Um enorme cervo alimentava quatro lobos. O maior deles, com pêlo cinzento e uma grande cicatriz nas costas, observava atento os arredores, mantinha as orelhas de pé e cuidava para que outros predadores não interferissem na alimentação dos mais jovens.

    Um lobo menor, escuro como a mais profunda noite, arrancou um grande pedaço do lombo do animal e arrastou até os pés do lobo cinzento. Era o primeiro quinhão ao líder por direito. Vigilante, o lobo alfa começou a comer e isso sinalizava que os demais também poderiam saciar sua fome.

    Estavam em uma clareira, rodeada de grandes árvores e de uma vegetação alta. Longe dos ruídos e da sujeira do vilarejo ao norte, repleto de macacos nocivos e destrutivos, a alcatéia vivia na mais densa parte da floresta de Greenwich.

    Há algumas luas, um lobo, uma fêmea mais precisamente, rodeava e observava os lobos da grande floresta. Parecia acompanhá-los, como se esperasse por algo, esperançosamente. De forma estranha, o sempre feroz e cuidadoso alfa permitia sua aproximação, mas não parecia ter interesse em integrá-la ao grupo.

    Neste momento, ao fim da caçada, a lupina se colocava sobre a colina, por trás das árvores, observando os demais lobos comerem. Entre eles, um jovem lobo com pelos avermelhados, rubros como o sangue do cervo que escorre pela areia e pela vegetação.
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    Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna Empty Re: Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna

    Mensagem por Morte-Rubra Ter 17 Mar 2015 - 1:37

    *O filhote, cujos pelos avermelhados se mesclavam com o rubro sangue da carne fresca que a alcateia acabara de abater, alimentava-se rapidamente do cervo. A carne fresca, e apenas ela, poderiam saciar sua fome. Talvez até mesmo o sangue que ainda escorria quente e vivo, seria o único fluido capaz de saciar sua sede. O jovem lobo sentia-se no ápice daquela cadeia; um predador implacável*

    *Depois de devorar grande parte do animal, o que seria suficiente por um bom tempo, o filhote rapidamente volta-se para a direção onde estava a fêmea. Ele fareja por um milésimo de segundo e isso seria suficiente para constatar que era ela, a loba que seguia sua alcateia há algum tempo.*

    *O Jovem lobo caminha em sua direção. Seus passos eram a reprodução perfeita do grande lobo cinzento quando estudando sua presa. Silenciosamente assustador. Olha os demais se alimentando e decide então tentar a sorte e chegar mais próximo da fêmea sem o consentimento prévio do Alpha*
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    Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna Empty Re: Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna

    Mensagem por Dark Master Ter 17 Mar 2015 - 23:56

    * O lobo Alfa observa o filhote se afastando em direção à lupina que os acompanha há algumas luas. Parece consentir, mas ergue as orelhas e circunda as árvores ao longe, como um protetor implacável.

    Morte Rubra caminha por entre a vegetação, o cheiro que vem da lupina já lhe é familiar e embora a aparência fosse apenas de mais um lobo, sua essência era outra. Um cheiro característico, forte, um cheiro daquilo que poderia se tornar, como um dia lhe fora explicado com quase nulos detalhes.

    Ao aproximar-se, a lupina sobre uma colina rosna, mostra os dentes, analisa o filhote sob todos os aspectos de seus afiadíssimos sentidos. Em seguida abaixa as orelhas e começa a caminhar lentamente em outra direção, afastando-se, como se o convidasse a passear pela imensa floresta.
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    Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna Empty Re: Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna

    Mensagem por Morte-Rubra Qua 18 Mar 2015 - 0:43

    *O jovem lobo de pelos rubros, caminhava lentamente em direção à loba e ao vê-la rosnando, para por alguns segundos, quase mostrando suas presas em sinal de afronta para a fêmea. No entanto, ao vê-la baixar as orelhas, compreende que ela não estava hostil e por hora, ele também não evocaria sua fúria sanguinária.*

    *Observa atentamente todos os movimentos da loba e dos demais, mas quando a vê se locomovendo do alto de onde estava, começa a segui-la, a passos lentos e leves, como o cair de uma folha no outono. O Alpha a essa altura já havia consentido, do contrário ele haveria impedido o próximo movimento do filhote*
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    Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna Empty Re: Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna

    Mensagem por Dark Master Qui 19 Mar 2015 - 16:08

    * Os dois lobos se aprofundam na grande floresta, apenas as enormes árvores e a densa vegetação os acompanhava. O alfa aparentemente deixou os cuidados do jovem lobo para a lupina que os seguia, e se ele o fez, de algum modo cede sua liderança para ela, se submetendo, mesmo que a fêmea seja aparentemente mais jovem e não faça parte da alcatéia.

    Após algum tempo, a lupina rodeia uma grande pedra e sobre nela. Pára e aguarda a aproximação do lobo com os pelos rubros. Subitamente, o corpo da lupina começa a crescer, as patas aumentam de tamanho, seu focinho se alonga, seu corpo cresce e se coloca sobre duas patas. A visão era aterradora, a lupina era agora um monstro com mais de dois metros de altura, grandes músculos, garras e um focinho repleto de presas. Antes de qualquer reação, sua voz rouca ecoa pela floresta, entre rosnados e grunidos, fala na língua dos lobos com certa dificuldade.

    - Aca..Acalme-se...Jovem Lobo. Vejas em mim aquilo que serás.

    * Em cima da rocha, se mantém sobre duas patas e observa a reação do lobo. Morte Rubra sente medo, mas também sente-se acolhido, a visão era familiar apesar de assustadora. Já tinha ouvido sobre os guardiões da floresta, os lobos que mudavam de forma, finalmente sua curiosidade seria aplacada.
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    Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna Empty Re: Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna

    Mensagem por Morte-Rubra Sex 20 Mar 2015 - 0:10

    *O Jovem lobo seguia a fêmea por onde quer que ela fosse. Ela parecia conhecer bem a floresta  e o guiava para longe da alcateia. Logo ele percebe a loba parar diante de seus olhos e começar uma espécie de metamorfose, onde a forma de loba fora abandonada  e completamente substituída pela de uma criatura horrenda, que incitava medo, mas ao mesmo tempo, confiança*

    *O filhote deixou-se acometer pelo delírio que a criatura causava e abaixou suas orelhas, acoando-se por alguns instantes. Seu instinto de sobrevivência era mais forte que tudo e ele gritava dentro de si que seria burrice confrontar a criatura.*

    *A voz vinda da besta selvagem então irrompe os pensamentos involuntários do jovem lobo de pelos vermelhos. Era inteligível ao filhote, embora que um tanto peculiar*

    *Aquelas palavras foram como a chuva que apaga o fogo dos homens. O medo que se implantara já não era tão significativo e permitia ao filhote raciocinar sobre o que fora dito*

    "Vejas em mim aquilo que serás..."

    *Na sua cabeça ecoavam as palavras derradeiras da criatura. Sem ponderar o suficiente, mas erguendo-se do medo verdadeiro, o jovem filhote recompõe-se e fala na única língua que lhe era compreensível*

    - E o que eu serei?! Eu serei como você?! Assustarei os outros lobos da minha alcateia?! Responda, loba que muda...
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    Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna Empty Re: Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna

    Mensagem por Sabedoria da Lua Sex 20 Mar 2015 - 12:11

    * No alto de seus dois metros esculpidos para matar, Sabedoria da Lua observa o lobo inquieto e amedrontado à sua frente. No entanto, o medo se torna curiosidade e o lupino parece ter coragem suficiente para conhecer sua natureza. Volta à sua forma lupina e continua o diálogo na língua dos lobos.

    - Meu nome é Sabedoria da Lua e eu sou uma dos guardiões da mãe Gaia. Sou uma Garou.

    * Desce da pedra e rodeia o lobo, farejando e captando o cheiro peculiar dos licantropos.

    - Tu também carregas no sangue e no espírito o dom da transmutação. Em tempos mais pacíficos aguardamos pacientemente que a primeira mudança ocorra para que procuremos nossos filhotes, mas são tempos sombrios, imersos em trevas. Não temos esse tempo.


    - És como eu, um licantropo, um ser carnal e espiritual criado para destruir a mácula do mundo e combater o mal que assola nossas florestas. Seu tempo como lobo está no fim e o início como um guerreiro de Gaia se inicia agora.


    * Abaixa as orelhas.


    - Imagino tua confusão, mas lhe garanto que será menos traumático conhecer nossas tradições e tua natureza antes que sejas tomado pela fúria. Vamos, sei que tens muitas questões, o trouxe a este santuário exatamente para isso, pergunte-me tudo que quiser saber.
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    Mensagem por Morte-Rubra Sáb 21 Mar 2015 - 22:05

    *O jovem lobo estava com a cabeça cheia de novas informações. Apesar de saber sobre as criaturas que mudam sua forma e protegem os lobos da floresta, era a primeira vez que via um com seus próprios olhos. As palavras da loba transmitiam confiança, mas ao mesmo tempo, implantavam mais dúvidas em sua cabeça*

    *O filhote caminhava devagar em direção a loba, sempre pisando silenciosamente e olhando tudo em volta*

    - Você disse que eu sou como você. Que eu sou ou serei, um Garou, como você. Então eu servirei aquela que tudo cria... para combater quem quer destruí-la. Então, Sabedoria da Lua, você fala daqueles que andam sobre duas patas?! Aqueles que nos caçam..?

    *O filhote recorre às lembranças verbais sobre os humanos, já que nunca colocou seus olhos em um, e logo começa a se encher de raiva*

    - Seja lá o que eu for ou que você for, se for para destruir todos aqueles que atacam minha espécie, eu entro nessa guerra...
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    Mensagem por Sabedoria da Lua Dom 22 Mar 2015 - 11:11

    * A loba circula o jovem lupino, o respondendo.

    - A mácula que enfrentamos é pior, muito pior que os simples macacos. Compreenderá que ela atinge a todos, homens, seres, até mesmo outros Garous.

    * Dessa vez, o corpo da loba começa a mudar novamente, perdendo pelos e se colocando sobre duas patas. Era idêntica à imagem dos macacos das histórias ouvidas por Morte Rubra.

    - Há uma parte dos macacos em nós, Lobo. E eles, apesar de serem facilmente maculados, não são inteiramente malignos, são influenciáveis pela mácula que combatemos. Mas nós também somos, todos os seres viventes são. Por isso nossa guerra é implacável, e difícil.

    * Na forma humana, parece aguardar a reação do lobo com pelos rubros à sua frente.
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    Mensagem por Morte-Rubra Dom 22 Mar 2015 - 22:58

    *O filhote escutava a loba com cautela. No entanto, percebe-a transformando-se novamente. O filhote sabia que os lobos que mudavam, podiam assumir outras formas senão a de batalha, mas a queda dos pelos e a postura ereta denunciavam a essência daquilo que ele mais odiava*

    *Vendo no que a loba havia se transformado, o filhote eriça seus pelos rubros e mostra suas presas enormes, recuando e pondo-se em prontidão para a criatura bípede*

    - O que isso significa?! Como você pode ser uma de nós e um deles?! Não existe nada mais odioso que aqueles que andam sobre duas patas... Eu não sou como você! Eu não quero ser assim...

    *O jovem lobo parecia aflito e furioso. Nuances de ambos os sentimentos o dominavam e se misturavam a medida que ele olhava a criatura a sua frente. Era difícil conter os sentimentos. Seus olhos eram incrédulos, mas seu coração e seu instinto denunciavam a verdade sobre aquela forma. Ele se recusava até mesmo a se imaginar assim.*
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    Mensagem por Sabedoria da Lua Ter 24 Mar 2015 - 12:39

    * Manteve-se na forma de macaco.

    - Engana-se, jovem lobo. Não somos humanos, assim como não somos lobos. Somos mais. Somos carne e espírito, capazes de assumir as formas que precisamos para combater a maculada.

    * Assumiu sua forma natural, uma bela e esguia loba com pelos castanhos.

    - Poderás assumir a forma daqueles que mais odeia, mas vejas isso como uma benção e não como uma maldição. És um caçador, por isso saberás do que falarei.

    - Existe alguma forma mais apropriada de emboscar uma presa do que aproximar-se sem ser visto, misturando-se à vegetação e ao ambiente?

    - Pois bem, usando a forma de macaco poderás andar entre eles, observá-los, e arrancar a mácula de seus ventres, quando necessário. Mas volto a dizer-lhe, os humanos não são a ameaça, aquela que os manipula é nossa verdadeira e mortal adversária.
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    Mensagem por Morte-Rubra Ter 24 Mar 2015 - 23:40

    - Então se os humanos não são nosso inimigos, quem são? Quem os controla, senão eles mesmos?! E mesmo que você esteja certa, eu não quero nunca andar sobre duas patas... Seria como habitar outra espécie, outro corpo que não o meu.

    *O jovem lobo de pelos rubros baixa sua cabeça e suas orelhas. Seu semblante, mesmo para um lobo, parecia triste, decepcionado. Ele estava confuso com o que era, com o que iria ser e isso o assustava, mesmo que ele nunca fosse admitir*

    - Quando vai acontecer?! Eu preciso saber quanto tempo ainda tenho sendo somente eu mesmo... Já que eu não posso fugir disso, eu preciso me preparar.
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    Mensagem por Sabedoria da Lua Qui 26 Mar 2015 - 1:46

    * A loba sentou-se sobre as patas traseiras, pacientemente. Ao contrário de Morte Rubra, carregava a paz e uma sabedoria incomum para os lobos em seu semblante.

    - Nosso inimigo, ou melhor, a destruidora de tudo que um dia fora bom, chama-se Wyrm. Ela corroe e deteriora emoções, humanos, lobos, nós garous, plantas e até mesmo o ar que respiramos. Mas serás elucidado sobre a tríade em um momento apropriado.

    - Por hora vamos nos ater a sua segunda pergunta. Quando.

    * Levantou e começou a caminhar na direção sudeste, embrenhando-se ainda mais na mata.

    - Siga-me.

    - Como disse-lhe antes, em tempos de paz aguardamos que nossos filhotes mudem naturalmente, quando seu momento chega. No entanto uma grande ameaça surge no horizonte. Temos pressa.


    - Deves ter ouvido falar, por teu alfa, do Vale da Morte. Um local proibido para lobos e também evitado pela maioria dos outros animais, pois lá reside algo ancestral, algo que devoraria os mais inaptos antes que pudessem notar seu próprio fim.

    * A loba parou, olhou o lupino e sentenciou.

    - É lá, encontrará tua mudança ou tua morte. Se aceitares este fardo.

    * Continuou pela vegetação. A floresta ficava cada vez mais densa e escura.
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    Mensagem por Morte-Rubra Qui 26 Mar 2015 - 13:48

    *O filhote caminha em silêncio, apenas escutando as palavras da loba-que-muda*

    - Então está me mandando para o Vale da Morte e se eu voltar com vida, serei como você?! O que há naquele Vale tem o poder de me fazer ser um lobo-que-muda como você?! Estou confuso...

    *O jovem lobo parecia mais calmo, ocupando sua mente imaginando o que o esperava em um lugar tão tenebroso, que era um tabu entre os lobos*

    - E se eu for morto... é isso? Tenho que sobreviver para mudar?

    *O filhote baixa suas orelhas, olhando a loba há alguns poucos metros de distância*
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    Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna Empty Re: Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna

    Mensagem por Sabedoria da Lua Ter 31 Mar 2015 - 10:39

    * A loba parou, observou o lupino por alguns instantes e em seguida completou.

    - Não esconderei de ti a verdade. Poderás perecer e nunca retornar.

    * Ela abaixou a cabeça, indicando medo em suas próprias palavras.

    - Ao entrar no vale, estarás só. Ninguém além da mãe Gaia poderá ajudá-lo. Lá encontrará o que há de mais puro em teu coração e serás acolhido por um ser tão antigo quanto a própria existência. Ela decidirá se sobreviverás ou morrerás.


    * Virando as costas e continuando, a Loba finaliza.

    - Respeitarei tua decisão, podes se negar a ir e viver o resto de teus dias com a alcatéia e o alfa que o acompanha desde o nascimento. A escolha, de aceitar ou não este fardo, é sua.

    * Continua se embrenhando na floresta, o filhote deveria decidir se irá acompanhá-la para a descoberta de sua existência ou a morte.
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    Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna Empty Re: Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna

    Mensagem por Morte-Rubra Qui 2 Abr 2015 - 0:20

    *O filhote fica um pensativo por alguns instantes, mas as palavras da "loba que muda" de alguma forma o tocava. Ele sentia-se seguro com elas. Em contraponto, o receio do desconhecido lhe eriçava os pelos.*

    *A medida que falava, a loba adentrava mais ainda a floresta. Sem exitar, o jovem lobo a acompanhava. Não havia mais como relutar. Ele estava aceitando seu destino*
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    Mensagem por Dark Master Qui 2 Abr 2015 - 14:08

    * Ambos os lobos embrenham-se profundamente na floresta, indo além do imaginário do jovem lupino. Após horas, chegam a um local onde as árvores são ainda maiores, largas, com raízes gigantescas que se espalham sobre o chão. A vegetação é rasteira, mostrando o barro vermelho repleto de pequenas pedras brancas.

    Inquietantemente, o lupino acostumado aos sons da floresta, nada ouve. Pássaros, pequenos lagartos, insetos, absolutamente nada emite qualquer ruído.

    À frente, as imensas árvores parecem formar uma fileira, uma de frente para a outra, abrindo uma trilha que escurece mais a cada passo, devido as frondosas copas que cobrem o sol.
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    Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna Empty Re: Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna

    Mensagem por Sabedoria da Lua Qui 2 Abr 2015 - 14:11

    * Pára no início da trilha.

    - A partir deste ponto, estarás só, jovem lobo. Que gaia o proteja e o traga de volta.

    Senta-se sobre as patas traseiras e aguarda. Seu olhar era firme, embora seu corpo cheirasse a medo, como facilmente seria notado pelo olfato apurado do lobo rubro.
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    Mensagem por Morte-Rubra Dom 5 Abr 2015 - 21:20

    *O jovem lobo seguira a loba até um local onde a floresta se alterava notoriamente. Seus sentidos apurados possibilitavam perceber as mudanças sublimes nos sons e cheiros. Era estranho, pois anda ali emitia qualquer som. Quase era possível ouvir os batimentos cardíacos de ambos ou até mesmo a respiração se acelerando.*

    *Tudo, absolutamente tudo cheirava a medo. Era uma floresta diferente da que ele havia crescido. Ao ouvir as palavras da loba, o filhote eriçou involuntariamente seus pelos, passando a se valer de sua coragem e de seu instinto para poder continuar*

    *Olhando uma última vez para a loba, jazida em suas quatro patas, ergueu sua calda e suas orelhas ardilosas, encarando a fêmea diante de si*

    "- Eu voltarei. Custe o que custar, eu voltarei. Vivo."

    *Com isso, e armado de presas e garras, o lobo de pelo rubro adentrou à trilha, sem olhar para trás.*
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    Mensagem por Dark Master Seg 6 Abr 2015 - 21:29

    * As árvores se tornam cada vez mais retorcidas e negras. O próprio chão parece perder a vida, fica opaco e seco. As folhas secas erguidas pelo vento são o único movimento que acompanham o jovem lobo. A noite desabou sobre o local, escura e impiedosa, apenas a lua iluminava o céu, sem qualquer estrela.

    Caminha por alguns minutos, indo cada vez mais fundo e sentindo seu corpo pesar. Sua respiração fica difícil, ofegante, seus músculos joviais se sobrecarregam. O próprio ar parece-lhe queimar a garganta.

    À frente, enxerga um vulto caminhar por entre as árvores, seu pior pesadelo, a mácula do mundo: um macaco. Uma fêmea, em verdade.

    Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna 2h81mdc


    - Um sopro de vida em tempos de morte. Aproxime-se, Morte Rubra.
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    Mensagem por Morte-Rubra Ter 7 Abr 2015 - 23:24

    *O lobo, outrora regozijando em seu vigor jovial, agora sentia imensa dificuldade em seu andar. Até mesmo o ar, que impregnava-lhe os pulmões com leveza, havia se tornado causticante*

    *O jovem lobo, ao ser acometido pela imagem à sua frente, recua alguns passos, tomado de prontidão. Arregala seus olhos, ergue sua orelhas e calda e mostra seus caninos afiados para a criatura. Seu pior pesadelo e seu maior inimigo uniam-se logo à frente. Aquele que andava sobre duas patas era o cerne de toda a maldade; Era a criatura que vestia-se do que havia de mais impuro e agora, jazia à sua frente.*

    *Um misto de medo e ódio crescia dentro do pequeno filhote. Ele quase podia sentir queimar dentro de si a fúria inata àquela criatura. Seus olhos flamejavam sob a luz da fria e solitária Lua que o observava de longe*

    *Fitando a criatura, o lobo pôs-se imóvel, atento. Sua forte respiração irrompia o silêncio, mas logo confundia-se com o rangir de seus dentes*
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    Mensagem por Dark Master Ter 7 Abr 2015 - 23:51

    * Sentimentos diversos, poucos segundos. A estranha criatura, na forma de macaco, observa o lobo com um sorriso na face.

    - O que buscas, lupino? Sabes o que é, queres aceitar ou apenas provar que é capaz do fardo que carregas?

    * Ela se aproxima, caminhando vagarosamente.

    - Escolha sabiamente suas palavras, e sim, fales como um lobo. Eu o ouvirei e decidirei se mereces usufruir do dom da vida.
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    Mensagem por Morte-Rubra Qua 8 Abr 2015 - 23:31

    *O filhote fica surpreso ao compreender as palavras ditas pela criatura. Ele não sabia que podia compreedê-la, tão pouco que ela poderia fazer o mesmo se ele falasse a única língua que conhecia*

    *Caminha alguns passos, ficando a uma distância "segura" da criatura. Embora ela aparentasse não querer feri-lo, ele não conseguira confiar completamente*

    - Eu sei o que eu sou e sei também o que eu serei se voltar daqui com vida... Mas eu não sei se é algo com que eu consiga lidar. De um tempo pra cá eu já não sou eu mesmo. Acho que não faz muito sentido negar isso e tentar viver como um lobo com o restante da minha alcateia, uma vez que não sou qualquer lobo. Afinal, eu sou um lobo que muda... Embora não tenha mudado ainda. Mas você me pergunta se eu aceito ou quero apenas provar se sou duro o bastante para aguentar o fardo da minha missão? Eu certamente aceito... Se não fosse assim, eu teria voltado da entrada desde lugar, como a loba que me trouxe aqui me ofertou outrora. Mas também almejo saber se sou bom o suficiente para isso. Se não fui escolhido erroneamente.

    *Faz uma pausa e continua*

    - Então... Já que você sabe tanto, me diga: Do que eu sou digno?! Sou digno da vida que tenho?!
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    Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna Empty Re: Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna

    Mensagem por Dark Master Qua 8 Abr 2015 - 23:40

    * A esguia, e de certa forma para o lupino, deslumbrante humana sorri, aproxima-se e se ajoelha à frente do jovem lobo.

    Com ambas as mãos, ela cria círculos aquosos no chão, vagarosamente. De onde parecia não haver nada além de barro e pedras, surge um espelho d'água que reflete à perfeição as imagens da fêmea dos macacos e do lupino.

    - Terás suas respostas ao entrar neste círculo, Morte Rubra. Estejas avisado que sou a guardiã do portal e uma vez que entres, só poderás sair por teus próprios méritos.
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    Mensagem por Morte-Rubra Qui 9 Abr 2015 - 23:54

    *O pequeno filhote observava a façanha da criatura, que fazia surgir os tais espelhos d'água. Ouve com atenção e em seguida adentra o círculo.*
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    Mensagem por Dark Master Sex 10 Abr 2015 - 18:37

    * Lobo pisa sobre o espelho d'água e afunda, lentamente, atravessando o que antes era apenas o chão. Por um momento, perde-se no tempo e espaço, não se localiza e fica confuso. Em seguida abre os olhos e se vê em uma grande floresta com árvores inteiramente brancas.

    O chão é coberto por pequenas pedras azuis e brancas, a vegetação e as árvores são alvas como as mais claras nuvens do céu. Em meio à contemplação, o lupino vê um grande lobo negro mais à frente, o observando. Não demora para que ele erga as orelhas e rosne, em desafio.
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    Mensagem por Morte-Rubra Sex 10 Abr 2015 - 23:35

    *Ao adentrar o espelho d'água, o jovem lobo parece perder completamente a noção de espaço. O tempo era algo que escapava de sua compreensão lupina, mas o espaço era seu guia para sentidos tão apurados. olha em volta do novo lugar e percebe tratar-se de uma floresta alva, tão branca como ele jamais havia vislumbrado. Olha a sua frente um feroz lobo negro, que não mede esforços para mostrar-se ofensivo ao filhote. O jovem lupino sabia que não estava ali para uma conversa, portanto ergue suas orelhas e sua calda, em sinal de ofensiva e total prontidão. Ele iria atacar com força total ao sinal do lobo negro. Ele era grande, mas o filhote era definitivamente rápido, astuto e sagaz*
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    Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna Empty Re: Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna

    Mensagem por Dark Master Sáb 11 Abr 2015 - 11:59

    * O lobo negro era enorme, e quanto mais se aproximava, maior parecia. Ele se aproxima ao ponto de ficar com o focinho a centímetros do jovem lupino rubro. Rosna e mostra as presas.

    Parece pronto para atacar, quando transmuta-se, muda de forma, seu corpo cresce, fica sobre as duas patas traseiras, mandíbulas enormes e garras gigantes. Morte Rubra havia presenciado Sabedoria da Lua fazer o mesmo, mas este aparentava ser muito mais terrível.

    Após assumir a imensa forma, a criatura fala em uma língua estranha, mas compreensível ao jovem lobo.

    - Sobreviverás apenas se controlar teu próprio instinto, Morte Rubra!

    * Ele parece pronto para atacar. O lupino sente um calor lhe preencher e sabe que suas chances seriam pequenas contra o monstro.
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    • Mensagem nº29

    Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna Empty Re: Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna

    Mensagem por Morte-Rubra Sáb 11 Abr 2015 - 23:36

    *Mesmo percebendo a gigantesca diferença entre sua força e a da Criatura, o jovem lupino não perdia totalmente o controle sobre si. A sua razão ainda surtia efeito, principalmente diante das palavras do monstro à sua frente. Mas o que ele queria dizer com "controlar o próprio instinto" não fazia muito sentido ao lobo. Seu instinto havia sido parte dele a vida toda e ele confiava cegamente neste sentido.*

    *Diante da situação, o jovem filhote apenas aguardava a criatura avançar. Ele precisava reconhecer seus movimentos, ler sua linguagem corporal, para então realmente saber se atacar era a melhor opção. Mantém a guarda sempre alta, em total prontidão*

    *Fala na língua dos lobos*

    - Eu sou uno com meus instintos. Se há algo que posso controlar melhor do que minhas próprias patas, são eles!

    *Rosna e mostra suas presas, ainda em prontidão*
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    Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna Empty Re: Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna

    Mensagem por Dark Master Qui 16 Abr 2015 - 15:57

    * O monstruoso ser interrompe suas intenções de atacar e volta a forma natural.

    - Instinto e Coragem.

    * Em seguida a criatura se transforma em um ser humano. Um homem com cabelos e barba negra, olhos profundamente escuros que encaram o filhote.

    - Necessários, mas insuficientes.

    * A imensa floresta branca aos poucos se torna translúcida e em seguida não parece mais ser composta de vegetação. Madeira, palhas, barro, fumaça e fogo. Macacos. Um vilarejo dos temíveis humanos se forma ao redor de Morte Rubra, com diversos macacos caminhando para todos os lados. Em sua maioria, passam pelo jovem lobo e o encaram, alguns fogem, outros pegam tochas e aparatos agrícolas pontiagudos e começam a aglomerar-se de forma ameaçadora para o lupino.
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    Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna Empty Re: Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna

    Mensagem por Morte-Rubra Sáb 18 Abr 2015 - 2:26

    *De repente o pequeno filhote percebe tudo mudar a sua volta. Como uma mágica, surgem aqueles que atormentam seus pesadelos, os que andam sobre duas patas. Logo a hostilidade invade seu ser, fazendo-o eriçar cada pelo vermelho de seu corpo. Ele fica mais agitado, ansioso e, ao mesmo tempo, com um certo medo; um aspecto da insegurança que o dominava. O desconhecido de certa forma o amedrontava, mas o lupino tentava a todo custo se conter. Aquilo não parecia menos real do que sua própria existência, mas ele sabia que precisava superar cada obstáculo se quisesse voltar com vida para os seus*

    - O que... o que você pretende fazer agora?! Por que esses 'macacos' me rodeiam?! Por que vocês insistem em assumir essa forma frágil e ridícula?! Não é muito mais fácil correr e lutar como um lobo, sobre quatro patas?! Eu não entendo o que você quer, lobo que muda...
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    • Mensagem nº32

    Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna Empty Re: Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna

    Mensagem por Dark Master Sáb 18 Abr 2015 - 13:04

    * Os macacos, machos e fêmeas, pegam suas ferramentas agrícolas e se aglomeram formando uma fileira apontando os instrumentos para o lupino, ameaçando atacá-lo. São dezenas.

    - Morra criatura!

    - Animal maldito!

    - Não é como nós!

    - Ele vai nos atacar, vamos matá-lo primeiro!

    - A cidade não é seu lugar besta!

    * Morte Rubra, por alguma razão, entende perfeitamente o que os macacos gritam em sua direção.
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    • Mensagem nº33

    Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna Empty Re: Prelúdio Morte Rubra - O vale da morte e o brilho de Luna

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